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16 de Junho de 2024
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    Sanguessugas: 5 deputados são absolvidos pelo Conselho de Ética

    Publicado por Expresso da Notícia
    há 17 anos

    O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados iniciou a votação de dez pareceres de relatores de processos contra deputados acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Os deputados são: João Correia (PMDB-AC), Laura Carneiro (PFL-RJ), Wellington Roberto (PL -PB), Wellington Fagundes (PL-MT), Pedro Henry (PP-MT), Lino Rossi (PP-MT), Cabo Júlio (PMDB-MG), José Divino (sem partido-RJ), Érico Ribeiro (PP-RS) e Nilton Capixaba (PTB-RO). Conselho já absolveu cinco deputados acusados pela CPMI das Sanguessugas e condenou três.

    Os integrantes do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovaram no dia 21, por 8 votos a 0, o arquivamento do processo contra o deputado Pedro Henry (PP-MT). Em seu relatório, o deputado Mussa Demes (PFL-PI) afirmou que não há provas suficientes que o levem a pedir a cassação do mandato de Henry. O deputado é o quinto parlamentar a ser absolvido hoje pelo conselho.

    Presente na reunião, o deputado do Mato Grosso criticou os métodos da CPMI das Sanguessugas e disse que sua defesa prévia não foi lida pelos deputados que o incluíram na "máfia das ambulâncias".

    Wellington Fagundes é absolvido

    O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar decidiu, também por unanimidade, absolver o deputado Wellington Fagundes (PL-MT). Ele foi o quarto deputado a ser absolvido no mesmo dia (21/12). Há mais seis processos na pauta.

    A votação seguiu o parecer do relator, deputado João Campos (PSDB-GO). Ele disse que a acusação da CPMI das Sanguessugas apresentou "indícios débeis". Para o relator, isso demonstra exatamente o contrário, que Wellington Fagundes não participou do esquema de fraude na saúde.

    Fagundes disse que seu nome foi incluído entre os envolvidos por critérios políticos. Ele observa que todos os oito deputados de Mato Grosso foram sido citados no relatório parcial da CPMI. "Pelo fato de a empresa Planam ser de Mato Grosso, seria natural que houvesse contatos com os parlamentares. No entanto, nunca fiz uma emenda em que a Planam tivesse sido beneficiada", defendeu-se.

    Laura Carneiro é absolvida

    O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou, por unanimidade, o parecer do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) que pede o arquivamento da representação contra a deputada Laura Carneiro (PFL-RJ) por quebra de decoro parlamentar, por suposto envolvimento na chamada máfia das ambulâncias."Pela absoluta ausência de elementos probatórios, é altamente provável que a deputada Laura Carneiro tenha sido apenas mais uma vítima da pressa com que os trabalhos da CPMI [das Sanguessugas] são conduzidos em determinadas circunstâncias", afirmou o relator.

    Em discurso interrompido diversas vezes pelo choro, Laura Carneiro reiterou que nunca viu os empresários Luiz Antônio Vedoin e Darci Vedoin, que lideravam o esquema, e que Carlos Augusto Haassis Neto, acusado de participar da liberação fraudulenta de emendas, não era seu assessor. Era, segundo a deputada, um "companheiro de campanha" e ela não tinha controle das ligações que eram feitas de seu gabinete.

    Conselho rejeita parecer e decide absolver João Correia

    O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar rejeitou o relatório do deputado Anselmo (PT-RO), que pedia a cassação do mandato do deputado João Correia (PMDB-AC), acusado de envolvimento com a máfia das ambulâncias. O deputado Marcelo Ortiz (PV-SP) apresenta neste instante o parecer vencedor, em que pede a absolvição do acusado por falta de provas.

    Anselmo usou como principal acusação o fato de João Correia não ter desmentido categoricamente as acusações do empresário Luiz Antônio Vedoin, que disse ter pago ao deputado R$ 12 mil pelo direcionamento de emendas para a aquisição de ambulâncias por prefeituras no Acre. O relator admitiu que o parecer não ficou perfeito pela falta de tempo e pelo fato de não ter conseguido ouvir o depoimento do ex-deputado Ronivon Santiago, que considera a testemunha-chave no caso.

    João Correia afirmou que o relatório de Anselmo tinha motivação política. Ele pediu a suspeição do relator, que, segundo o acusado, recusou-se a ouvir o prefeito de Plácido de Castro (AC), Paulinho Almeida, que iria depor em sua defesa.

    Ricardo Izar lamenta falta de provas contra acusados

    Após a absolvição da deputada Laura Carneiro (PFL-RJ), diversos deputados pediram a palavra para prestar solidariedade e criticar o relatório parcial da CPMI das Sanguessugas. O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), observou que a CPMI recomendou a abertura de processos contra 67 deputados sem ter nenhuma prova. "Teve processo que veio para ca por engano, com erro nos nomes das pessoas", queixou-se.

    Izar criticou o fato de o relatório da CPMI não ter indiciado nenhum deputado. A responsabilidade, segundo ele, ficou para o Conselho de Ética. "Houve uma loucura no processo das ambulâncias. Aqui não se faz pizza, mas o conselho também não é tribunal de exceção. Quem é inocente será inocentado."

    Conselho pede a cassação Nilton Capixaba

    O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou, por oito votos favoráveis e duas abstenções, o parecer do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) que defende a cassação do mandato do deputado Nilton Capixaba (PTB-RO).

    Conselho aprova pedido de cassação de Lino Rossi

    O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou relatório do deputado Jairo Carneiro (PFL-BA) que pede a cassação do mandato do deputado Lino Rossi (PP-MT), suspeito de participação na "máfia das ambulâncias". Por 11 votos a 0, os integrantes do conselho concordaram com o argumento de que Lino Rossi era "elemento-chave para as atividades da Planam", conforme cita o relatório. Lino Rossi não compareceu à reunião. Foi representado pelo advogado José Antônio Alvares, que não usou a palavra.

    Conselho aprova a cassação de Cabo Júlio

    Por 9 votos a zero, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou também o relatório do deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), que pede a cassação do deputado Cabo Júlio (PMDB-MG), acusado de envolvimento com a chamada "máfia das sanguessugas".

    "O que dá plena convicção de que o representado quebrou o decoro parlamentar é o fato de o deputado Cabo Júlio ter admitido que os empresários do grupo Planam efetuaram vários depósitos bancários em sua conta corrente, a título de ajuda financeira para a campanha eleitoral", declarou Coutinho.

    Cabo Júlio não compareceu à reunião do conselho, nem enviou representante. Com isso, o presidente do colegiado, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), nomeou como advogado dativo Mozart Gouveia, que não se pronunciou.

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