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SE: Chega de Cargos em Comissão no TJ/SE
há 10 anos
3 x 1: A realidade do Tribunal de Justiça de Sergipe é que para cada três servidores existe um cargo em comissão ou função de confiança
Os servidores efetivos do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE) deflagraram campanha salarial e decidiram endurecer o combate às nomeações meramente políticas dentro do órgão. O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (SINDIJUS) tem noticiado dia a dia nas redes sociais e perante a opinião pública os valores que são destinados ao pagamento de salários a indicados políticos dentro do Judiciário estadual.
Em alguns casos, os salários dos cargos em comissão chegam a R$ 16 mil por mês. Um valor que se confrontado com os vencimentos de servidores concursados do mesmo órgão, chega a ser até 1.000% superior. Manter essa situação dentro do Poder Judiciário, que deveria ser exemplo de equilíbrio e justiça, é um desrespeito com os concursados que veem seus anos de dedicação ao serviço público jogados na sarjeta devido a escolhas particulares dos gestores.
Há uma incoerência dentro do Tribunal quando se fala em gastos excessivos e demandas dos efetivos. Está claro que a gestão do desembargador Cláudio Dinart Déda tem um posicionamento bem diferente quanto aos gastos para cargos em comissão, de um lado, e as demandas dos concursados, de outro. Essa postura deixa evidente que o compromisso com a qualificação dos serviços prestados à população, desempenhados majoritariamente pelos servidores efetivos, é sempre preterido em nome da manutenção dos supersalários dos cargos indicados politicamente.
A manutenção do inchaço de cargos em comissão e funções indicadas – ou seja, advindas de decisões pessoais da gestão e não imparciais como é o concurso – comprometem a imparcialidade, a moralidade e até a legalidade na administração pública. Ao encabeçar uma campanha contra essa arbitrariedade dentro do Poder Judiciário, os servidores efetivos, concursados, buscam transmitir para a população os prejuízos que essa prática tem causado aos cofres públicos como um todo.
A pergunta que deve ser feita pela população é: se esses valores não fossem gastos com supersalários para os cargos indicados pela gestão quanto poderia ser investido na melhoria dos serviços do Judiciário?
Por isso, o SINDIJUS coloca a campanha nas ruas, mandando o recado: “Chega de Cargos em Comissão no TJSE!”
Fonte: Sindijus
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