Segundo Folha de São Paulo, governo admite gastar 2 bilhões no PCS do Judiciário
Dilma pode adiar votação do Orçamento para 2011, quando terá novo Congresso. Petista afirma que não irá sancionar aumento de gastos que coloquem em risco o cumprimento da meta de superavit. A presidente eleita Dilma Rousseff definiu como prioridade da fase de transição evitar a aprovação de um Orçamento que gere um rombo nas contas públicas no seu primeiro ano de governo.
Se for preciso, disse a assessores que a votação do projeto orçamentário pode ficar para o novo Congresso, em fevereiro de 2011. Em duas reuniões ontem e anteontem —numa delas com a participação do presidente Lula—, Dilma afirmou que não vai sancionar aumentos de gastos que arrisquem o cumprimento da meta de superavit (toda economia do governo para pagar juros da dívida pública) de 3,3% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2011.
Dilma, segundo assessores, disse que estuda fixar que gastos com pessoal subam abaixo do crescimento do PIB. Daí sua orientação de evitar a aprovação de medidas que possam estourar o Orçamento de 2011.
Entre elas, o aumento de 56% do funcionalismo do Judiciário e Ministério Público, que pode representar um gasto extra no próximo ano de R$ 8 bilhões. O governo aceita R$ 2 bilhões. Segundo um assessor, a presidente eleita vai concordar com um aumento real do salário mínimo de 2011, mas o percentual “não será muito grande”, devendo ficar na casa de, no máximo, R$ 550.
Pelo projeto de Orçamento enviado ao Congresso, o mínimo passaria de R$ 510 para R$ 538,15. Durante as reuniões, Dilma revelou temer que parlamentares derrotados tentem aprovar um Orçamento irreal. Por isso a sugestão de votação do projeto apenas no ano que vem.
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