Sem acordo, continua greve dos trabalhadores da Usina de Candiota
Não houve acordo na reunião de mediação do processo de dissídio coletivo de greve entre a Thorga Engenharia Industrial S.A. e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e Mobiliário de Bagé realizada hoje, 31/5, no TRT. As partes voltarão a se reunir na quarta-feira, 2/6, às 15h, para prosseguimento das negociações.
Presidida pelo Desembargador João Ghisleni Filho, a audiência teve a presença do presidente da CGTEE, convocado para participar, uma vez que a Thorga é empresa contratada para prestação de serviços de manutenção industrial da Usina de Cadiota, contrato que vence dia 9 de junho e que dificilmente será renovado, conforme o presidente da da CGTEE, Sereno Chaise.
A Thorga, por sua vez, relata que concedeu aviso prévio aos empregados, o qual se encerra no próximo dia 08 de junho. Acrescenta que o contrato referido foi celebrado em 2006 e que a CGTEE acenou com apenas 2,5% em razão do desequilíbrio havido por força do aumento dos custos. E acena com a possibilidade de reajuste aos empregados, desde que o contrato seja renovado.
Ao esclarecer os motivos da greve, o representante da Comissão de Empregados informa que os principais anseios de sua categoria são: 10% de reajuste salarial a partir de 1º de maio deste ano; a questão da obrigatoriedade do empregado ter conta no Banco Itaú para receber salário; e os plantões (sobreaviso), que estão sendo exigidos nas folgas dos empregados.
Depois de o Desembargador João Ghisleni Filho ter ouvido separadamente as partes, o presidente do Sindicato disse que se a Thorga acenasse com uma proposta de aumento de 7% a partir de 1º de maio, além do abono dos dias parados e de uma garantia no emprego de 90 dias, caso haja prorrogação do contrato, tal proposta seria levada já no dia de amanhã à assembléia da categoria profissional. Consultada, a Thorga respondeu que não aceita a proposta.
As negociações terão continuidade na audiência marcada para a próxima quarta-feira, 2/6, no Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul.
Da audiência de hoje, também participou a Procuradora Regional do Ministério Público do Trabalho, Beatriz Holleben Junqueira Fialho.
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