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17 de Junho de 2024
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    SEMINÁRIO 'DESAFIOS DO EMPREGO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO' É LANÇADO NA ALERJ

    A taxa de desemprego no estado do Rio de Janeiro é a maior do Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e atingiu 11,8% da população, em 2018. O número ultrapassa a taxa nacional que é de 11,6%. Esses números foram apresentados na abertura do seminário “Desafios do Emprego no Estado do Rio de Janeiro, Organizado pelo Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Rio, órgão da Alerj, em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais. O evento foi realizado nesta segunda-feira (29/04), no Plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, e terá apresentações nas três próximas sextas-feiras (dias 3, 10 e 17 de maio), sempre das 10h às 13h. Segundo o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, o universo de pessoas subutilizadas chama atenção. No Rio de Janeiro 1,7 milhão de cidadãos estão desempregadas ou na informalidade.

    “O Rio perdeu um contingente expressivo de trabalhadores, entre 2014 e 2018, com a crise econômica. Parte desses trabalhadores foi para o desemprego e outra parcela para a informalidade, sem contribuição para a Previdência. Há pessoas vendendo quentinhas, motoristas de aplicativos, e esse número cresce à medida que a situação vai se agravando. O IBGE tem um diagnóstico bem preciso da situação do mercado de trabalho e sobre o que é necessário para a retomada do crescimento no estado”, explicou Cimar.

    De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais, Lucas Tristão, o Rio de Janeiro é o estado que mais perdeu postos de trabalho e continua estagnado com a economia decrescendo. “ Espero que os encontros do seminário ofereçam atos efetivos para que os cidadãos tenham condições necessárias para gerar emprego e renda”.

    Para o presidente da Alerj e do Fórum de Desenvolvimento Estratégico, deputado André Ceciliano (PT), o desemprego se deve a vários outros fatores além da crise econômica. “ As novas tecnologias têm feito o número de empregos diminuir, o trabalhador pode ganhar melhor mas em compensação nós perdemos vagas de emprego. Além disso, o país pode crescer 4% ao ano se investirmos em habitação e saneamento. Precisamos sair desse ciclo pernicioso que se tornou o Rio de Janeiro nos últimos dez anos”, destacou Ceciliano.

    Outro ponto abordado pelo parlamentar foi a importância do investimento na área do turismo que sofreu um impacto negativo por conta do aumento da criminalidade. “A violência faz com que empresários que estão aqui possam ir para outros estados e nós não conseguimos atrair novos investimentos”, salientou Ceciliano, observando que o objetivo do seminário é aproximar setores que possam auxiliar o parlamento estadual na definição de políticas públicas visando à geração de emprego, renda, salário e qualificação profissional.

    Desemprego atinge mais jovens e mulheres negras

    Com base na apresentação sobre o mercado de trabalho da Fecomércio-RJ, mulheres negras e jovens com idades entre 14 e 17 anos são os que mais sofrem as consequências do desemprego no estado. Entre 2012 e 2018, o número de menores de idade sem emprego cresceu de forma acelerada, alcançando a taxa de 60%. Já as mulheres negras apresentam taxa de desemprego de 20,7%. O número representa mais que o dobro da taxa dos homens brancos, de 10,1%. Para o presidente da Fecomércio, Antônio Queiroz, o abandono escolar é um fator alarmante entre os jovens e adolescentes. “Isso assusta bastante porque é o futuro e precisamos de uma solução através da educação”, comentou.

    Firjan aponta que o Rio foi estado mais afetado pela crise econômica

    Segundo o gerente de estudos econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Jonathas Goulart, existem dois fatores que precisam ser solucionados para haver maior geração de emprego e renda no estado: o alto custo do trabalho e a política tributária. “O piso regional do Rio está acima do normal em relação a outros estados do país, com crescimento de quase 50% nos últimos cinco anos, além disso há a questão do ICMS. Estamos passando por um período de convalidação de incentivos fiscais e o Rio de Janeiro precisa participar desse processo para conseguirmos uma política tributária que seja mais competitiva para as indústrias e para o setor produtivo do estado”, explicou Jonathas.

    Também estiveram presentes na abertura do seminário o deputado Jorge Felippe Neto (PSD), além de representantes da Superintendência Regional do Trabalho no Estado do Rio de Janeiro, e da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/seminario-desafios-do-emprego-no-estado-do-rio-de-janeiro-e-lancado-na-alerj/702470434

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