Servidores do MP são beneficiados com curso de geoprocessamento
Implantar um setor de geoprocessamento da melhor qualidade que atenda não apenas a área ambiental é o objetivo do Ministério Público estadual que hoje, 25, deu início a um curso para servidores buscando proporcionar conhecimento teórico e conceitual das disciplinas Sistemas de Informações Georreferenciadas (SIG), Sensoriamento Remoto (SR) e Processamento Digital de Imagens (PDI), contemplando noções básicas das principais ferramentas utilizadas pelo Centro Integrado de Geoinformação (Cigeo). O MP da Bahia e o do Mato Grosso do Sul são os únicos a contar com um Cigeo estruturado e, inclusive, está em fase adiantada na Bahia o estudo da organização territorial de Salvador, um dos primeiros municípios brasileiros a ter esse benefício.
Ao fazer a abertura do curso, o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Meio Ambiente (Ceama), promotor de Justiça Marcelo Guedes, falou que esse primeiro evento está atendendo a quem atua na área do meio ambiente, mas a ferramenta será paulatinamente utilizada em várias áreas da Instituição, o que irá evitar, inclusive, gastos desnecessários. Segundo ele, havia uma demanda reprimida que não conhecia e por isso outros cursos serão realizados tendo em vista a grande procura verificada. Explicou que o MP tem uma função importante, que é buscar a eficiência para atender à sociedade, e isso exige ferramentas modernas, até porque membros e servidores precisam estar preparados para as pressões sofridas pela atuação da Instituição e ter os dados e respostas em mãos para adotar as medidas necessárias com a devida agilidade notadamente na área ambiental.
O curso iniciado hoje será conduzido pelo professor Ardemírio de Barros Silva, que foi apresentado por Marcelo Guedes à turma. Ele atua na graduação, pós-graduação e trabalhos de extensão e pesquisa na Universidade Estadual de Feira de Santana, é autor de livros, mestre em Mineral Exploration pelo Imperial College e doutor em Geographical Information Systems pela The Open University, entre outros títulos, e foi contratado pelo MP para ajudar a implantar o setor de geoprocessamento. Para o professor Barros, que a princípio trabalha com a mata atlântica, é fundamental que seja conhecido todo fragmento desse bioma, o que reduzirá drasticamente as dificuldades não apenas de órgãos públicos, mas de implantação de novos empreendimentos.
Explica o professor que o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) regulamenta o que pode e o que não pode ser desmatado. Mas cabe ao município criar projetos de lei e aprovar ou não esses empreendimentos. O MP dará grande contribuição com o trabalho que vem desenvolvendo na área, o que reduzirá tempo, custos e evitará conflitos desnecessários. O Núcleo Mata Atlântica (Numa), com o Geonuma, já lidava com o geoprocessamento que, segundo a técnica do Cigeo, Andressa Passos, virou uma demanda nacional. Daí o Geonuma ter se expandido e chegou a atuar em outras áreas dando apoio de logística em operações de combate a extração e comércio ilegal de carvão, que culminou na prisão de vários empresários inclusive de outros estados. O próximo curso também atenderá aos promotores de Justiça que conhecerão detalhes das novas ferramentas de trabalho.
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