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16 de Junho de 2024
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    Setor oleiro terá câmara temática exclusiva junto ao governo

    Deputado Giovani Feltes propôs ainda força-tarefa para agilizar processo junto à Fepam

    Com menos da metade das empresas que funcionavam há dez anos, o setor oleiro deverá ter uma câmara temática exclusiva junto à Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento na tentativa de recuperar espaço diante do ingresso de tijolos e telhas de Santa Catarina. A proposta apresentada pelo deputado Giovani Feltes (PMDB) está entre as alternativas apontadas durante a primeira reunião que abordou as dificuldades da indústria cerâmica e olarias, realizada na tarde desta quarta-feira (07), na Sala do Investidor. “O estado precisa socorrer este segmento com ações objetivas sob risco de ficar reduzidas a poucas empresas que resistirão”, alertou Feltes.

    Atualmente, apenas 650 olarias e empresas cerâmicas ainda estão em atividade, quando este número era de 1.500 há uma década. Além de uma fiscalização mais rígida no Posto de Fiscalização de Torres para impedir a entrada de blocos fora das especificações técnicas e com preços muito inferiores ao custo de produção vindos do polo catarinense do Morro da Fumaça, o setor reclama também da falta de incentivos do governo gaúcho.

    Por esta razão, o coordenador de projetos da Secretaria de Desenvolvimento, Cristóvão Fiel, abriu a reunião explicando as linhas de financiamento disponíveis para ampliar e modernizar a linha de produção. Instituições como o Banrisul, Badesul, Caixa Federal e BRDE expuseram programas com juros acessíveis. Por parte dos empresários, restou ainda a necessidade de maior prazo para amortização dos empréstimos. Os bancos prometerem estudar alternativas para alongar os prazos.

    Outro desafio para a câmara temática dos produtos cerâmicos está na demora já conhecida da Fepam em liberar as licenças para a operação das olarias. Algumas processos de simples renovação das licenças já aguardam por quase dois anos, o que vem culminando na multa de algumas olarias, especialmente na região sul do estado. “É o caso específico para uma força-tarefa e agilizar a liberação destes processos”, insistiu Feltes.

    O presidente do Sindicerrs (Sindicato da Indústria Olaria Cerâmica para Construção do RS), Jorge Romeu Ritter, reafirmou o resultado de um estudo encomendado pela entidade e mostra que o setor, com maior apoio governamental, teria condições de gerar em torno de 12 mil novos empregos. Ele igualmente salientou a necessidade de que as obras públicas realizados no estado deveriam privilegiar os produtos locais. Sindicato e a Secretaria de Desenvolvimento se prontificaram a sistematizar a pauta do setor e levá-la diretamente ao governador Tarso Genro (PT) nas próximas semanas.

    A rodada de negociações foi uma das conclusões da audiência coordenada por Feltes ainda no final do mês de junho. Para o deputado, outra medida que poderia contribuir com o setor seria a adoção de um selo que atestasse a qualidade dos tijolos, telhas e pisos que são produzidos pelas nossas empresas. Ele ainda sugeriu que os bancos públicos criassem uma linha de financiamento diferenciada para as olarias que ainda têm necessidade de modernizar sua linha de produção.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/setor-oleiro-tera-camara-tematica-exclusiva-junto-ao-governo/100640818

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