Sindicalistas defendem mais força para negociações coletivas
Dirigentes da Força Sindical e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) defenderam há pouco o fortalecimento da negociação coletiva dentro da Reforma Trabalhista (PL 6787/16).
“A nossa central é a favor da negociação coletiva. É melhor o trabalhador errar junto com seus companheiros, porque é um aprendizado, do que alguém vir dizer o que é certo ou errado para mim”, disse o secretário-Geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves.
Segundo Gonçalves, a atuação atual do Ministério Público do Trabalho (MPT) intervém sobre as negociações entre trabalhadores e empresários, aprovadas em assembleia.
“Será que vamos precisar sempre de ter tutela sobre nós?”, questionou. Ele defendeu a contribuição assistencial a empregados não sindicalizados. Na última sexta-feira (3), o Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que a imposição dessa contribuição é inconstitucional.
“Gradativamente o MPT adquiriu poderes que foram sufocando a negociação coletiva em uma tutela que lembra os piores momentos da ditadura militar”, afirmou o secretário-geral da CSB, Alvaro Egea. Para ele, a criminalização do direito de greve é o maior desprestígio da negociação coletiva atualmente no Brasil.
Geração de emprego
Egea criticou a propaganda do governo de que a reforma trabalhista ajudará a criar cinco milhões de empregos. “Já se falou que a flexibilização da legislação estimularia a geração de empregos. Isso ficou provado historicamente que não é verdade.” Ele defendeu o fortalecimento da indústria brasileira. “Sabemos que o que vai gerar emprego é restabelecer a construção pesada, a construção civil, ter política industrial”, disse.
Eles participam de audiência pública da Comissão Especial da Reforma Trabalhista com os presidentes das seis principais centrais sindicais - CTB, CSB, Força Sindical, CUT, UGT e NCST. Segundo o relator na comissão, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), a audiência será importante para ouvir os principais impactados pelas mudanças que o Executivo quer implantar.
A audiência ocorre no Plenário 2.
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Reportagem - Tiago MirandaEdição - Rosalva Nunes
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