Só uma reforma tributária salvaria o pacto federativo
Semana passada recebi um post com a seguinte frase em inglês: Common sense is so rare these days, it should be classified as a super power . Traduzida em português seria algo como: Bom senso é tão raro atualmente que deveria ser classificado como um superpoder.
Definitivamente vivemos tempos insensatos.
A encenação em torno da morte de Hugo Chávez foi de causar arrepios em qualquer cidadão que preze a democracia e (ainda) confie na razão. Militares de punhos cerrados gritando palavras de ordem, a espada de Bolívar nas mãos de um radical imaturo (embora se chame Maduro), a presença festejada de Lukashenko, ditador da Bielorússia, de Ahmadinejad, a pajelança dos líderes bolivarianos que se multiplicam no continente e a tentativa (frustrada) de embalsamar o corpo para veneração são sintomas de que algo vai muito mal.
Outra recente demonstração de insensatez foi a pantomina de Kim Jong-un, jovem títere norte-coreano, refém de uma cúpula militar irresponsável, desembarcando de uma pequena lancha no gélido mar coreano, com centenas de soldados em volta, para decretar o fim do armistício com a Coreia do Sul e estremecer de vez o difícil equilíbrio regional. [1]
Mas o que mais me apavorou foi ler a reportagem abaixo:
O antigo presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro luxemburguês, Jean Claude Juncker, afirmou no fim de semana que o ressentimento contra a Alemanha nos países do Sul tem paralelos arrepiantes com o que aconteceu em 1913 e que conduziu à Primeira Guerra Mundial.
Juncker disse à Der Spiegel : Quem acredite que a eterna questão da guerra e da paz na Europa já não é um risco está redondamente enganado.
Os demônios não desapareceram, estão apenas adormecidos, como mostraram as guerras na Bósnia e no Kosovo. Fico abismado ao ver as semelhanças de muitas condições na Europa em 2013 com as de 100 anos atrás.
O contraponto à chamada de atenção de Juncker dá-se quando, no momento em que a Áustria se prepara para comemorar o 75º aniversário da sua anexação pela Alemanha nazi, uma sondagem de opinião mostra que mais de metade dos austríacos estão convencidos de que os nazis seriam eleitos se fossem autorizados como partido político.
A sondagem do jornal Standard indica que, para além disso, cerca de 42% dos austríacos acha que a vida não era assim tão má sob o regime nazi, e que 39% da população acredita mesmo ser provável uma nova vaga de antissemitismo na Áustria. [2]
Assustador, não? Estaremos às vésperas de um conflito como o de 1914?
Aqui no Brasil também é preocupante a falta de bom senso (e, principalmente,) de boa educação. Não há palavras para descrever o tratamento dispensado por militantes não sei de quê à blogueira cubana Yoani Sánchez, que apenas queria liberdade para se expressar. Se pretendermos mesmo ser uma democracia, é intolerável admitir que se cale, com urros e vaias, a palavra dissidente.
Querem melhor exemplo da total e absoluta insensatez que nos assola que a indicação e elei...
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