Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
17 de Junho de 2024
    Adicione tópicos

    STJ deixará de julgar ações rescisórias sobre FGTS

    Publicado por Expresso da Notícia
    há 21 anos

    Os dez ministros que integram a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vão suspender os julgamentos das ações rescisórias propostas pela Caixa Econômica Federal (CEF) em ações referentes à correção das perdas dos planos econômicos nas contas do FGTS. Na prática, os ministros deixam de analisar os processos até que o Banco concorde em não mais recorrer das ações transitadas em julgado. A informação é do vice-presidente do STJ, no exercício da presidência, ministro Edson Vidigal, ao confirmar que este assunto foi tratado na noite de ontem (01/10) numa reunião com o vice-presidente da Caixa, Fábio Lenza.

    O ministro Vidigal conclamou o Supremo Tribunal Federal (STF) para que tome iniciativa no sentido de eliminar da legislação brasileira o mecanismo da ação rescisória. Este expediente permite ao perdedor da ação, num prazo de até dois anos da decisão final, recorrer novamente. "Isso é um mal que precisa ser extirpado. Ficou decidido que os ministros da Primeira Seção não colocarão as mãos neste tipo de ação até que a Caixa apresente uma solução final. Acho que o novo governo esta sensível a esta questão", afirmou o ministro Vidigal.

    O vice-presidente do STJ elogiou a postura da direção da Caixa no sentido reduzir a quantidade de processos sobre FGTS. Segundo o ministro Vidigal, trata-se de manifestação de boa vontade por parte do Banco no sentido de evitar que soluções sejam postergadas. Como as questões envolvendo correções de planos econômicos já foram pacificadas pelo STF e pelo STJ, o ministro entende que manter os recursos traz prejuízos para a sociedade e torna inviável o Poder Judiciário.

    De acordo com dados apresentados pela Caixa, se todas as ações que estão em curso nos cinco Tribunais Regionais Federais (TRFs) e nas Varas de Primeira Instância chegassem ao STJ, seriam necessários seis anos de dedicação exclusiva a estes processos por parte dos ministros do tribunal.

    "Quem tem a ganhar com essa iniciativa é o nosso patrão, ou seja, o povo brasileiro", assegurou o ministro, para quem o exemplo manifestado pela Caixa deve ser seguido pela administração pública como um todo. Ou seja, o governo federal deveria fazer desta iniciativa uma manifestação mais ampla que viesse a levar outras autarquias ou repartições públicas que se enquadrem no mesmo caso do FGTS a desistirem de recorrer das decisões pacificadas.

    Segundo o ministro Vidigal, os advogados da Caixa já foram credenciados junto ao STJ para que possam iniciar aquilo que denominou "operação pente-fino". Das ações analisadas, aquelas que se enquadram no acordo firmado com o STJ, receberão pedidos de desistência. "Com isso, estamos evitando que venha a ocorrer um colapso do Poder Judiciário. Todos saem ganhando com a medida", explicou o ministro Vidigal.

    EXPRESSO DA NOTÍCIA, a sua agência de notícias jurídicas na Internet

    • Publicações8583
    • Seguidores176
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações17
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/stj-deixara-de-julgar-acoes-rescisorias-sobre-fgts/134937

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)