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4 de Maio de 2024

Tarifa zero em transporte é possível no Brasil, diz engenheiro

Publicado por Paula Argolo
há 8 anos

Tarifa zero em transporte possvel no Brasil diz engenheiro

Segundo o engenheiro civil Lúcio Gregori a tarifa zero em transporte coletivo é possível no Brasil desde que haja o rearranjo de recursos e composições de fundos: “No Brasil, o subsídio tarifário é extremamente baixo. [Os governos] têm que dar subsídio maior e o limite é a tarifa zero”, afirmou.

Gregori explica que os subsídios não precisam ser derivados exclusivamente dos impostos municipais, mas com a coparticipação de governos estaduais e federais: “Quase todos os países com forte subsídio de tarifa têm fundos com composições. É uma solução, não pode ser minimizada só porque o prefeito x ou o governador y diz que não tem dinheiro. Mas ele não tem que fazer tudo sozinho, é uma disputa política de outro caráter”, disse.

Tarifa zero em transporte possvel no Brasil diz engenheiro

O engenheiro civil Lúcio Gregori é o autor do Projeto Tarifa Zero Foto: Divulgação TV Brasil

De acordo com o engenheiro se comparássemos os investimentos aplicados em Paris e Pequim, a tarifa em São Paulo, que hoje é de RS 3,80, deveria ser de R$ 1,27. Comparando com os subsídios aplicados em Buenos Aires, a tarifa na capital paulista cairia para R$ 0,85.

“É preciso uma discussão séria a respeito de como um país desse porte, o sétimo PIB [Produto Interno Bruto] do mundo, tem uma tarifa nessas proporções”, argumenta.

Gregori compara a tarifa zero ao pagamento do décimo terceiro salário, que também gerou discussões na sua implantação, “mas hoje ninguém se imagina sem décimo terceiro”, disse.

O modelo tradicional de financiamento do transporte é a concessão de serviço público e a tarifa é que garante o equilíbrio financeiro, mas existem alternativas: “Eu desvinculo a tarifa do custo do serviço, eu faço do empresário um alugador de ônibus e vou cobrar a tarifa que bem entender. Ele coloca o capital, eu vou fretar, pagando uma rentabilidade da aplicação dele, e não preciso empatar o dinheiro do Poder Público em uma frota”, afirmou o engenheiro.

Fonte: Agência Brasil

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Discordo, na administração pública as concessões patrocinadas em geral tem dupla remuneração, e esta exige a política tarifária. Isso acontece a fim de que as empresas privadas se interessem a colaborar com a administração, já que o poder público sozinho não dá conta da demanda. Concordo com o prefeito Haddad quando ele diz que para ser aplicável tal isenção seria necessário um imposto a mais,e isso com certeza os paulistas não iriam gostar. É claro que a tarifa está excessivamente onerosa, o que deveriam é fazer novas licitações, abrir oportunidades a outras empresas, se isso for possível sem haver superfaturamento, claro, mas tarifa zero já vai contra o instituto da concessão. continuar lendo

Tarifa zero implica NECESSARIAMENTE em aumento da carga tributária, seja apenas do Município, seja compartilhada pelo Estado e/ou pela União.
Todos acabam pagando.
Uma forma possível de reduzir a tarifa, utilizando os mecanismos de mercado, poderia ser a licitação para concessão de linhas, porém para mais de uma operadora, ou com sobreposição de trajetos, de modo a haver concorrência, e com estabelecimento de TARIFA-TETO e não de preço fechado para o serviço, de modo que a operadora poderia oferecer tarifa menor que o limite aceito.
Para se pensar. continuar lendo