''Tive complicação pós-operatória e meu médico não prestou assistência''
Na prática, é comum nos depararmos com o seguinte questionamento do paciente: ''tive uma complicação pós-operatória e meu médico não prestou assistência''. Prontamente, é preciso identificar se o dano causado poderia ter sido evitado pelo médico, caso este tivesse prestado orientações pós operatórias corretas e realizado o acompanhamento necessário.
Todo procedimento cirúrgico coloca o corpo em estado de vulnerabilidade para infecções e complicações, razão pela qual as orientações pós-operatórias são fundamentais para a garantia de um resultado satisfatório e manutenção da saúde do paciente.
No escritório, costumamos sempre prestar a orientação de que o pós-operatório é tão importante quanto o próprio procedimento, uma vez que eventual intercorrência pode causar resultado diverso do esperado e, consequentemente, imediata insatisfação do paciente.
A falha na prestação de serviços médicos pode sim ser evidenciada pela falta de assistência do profissional no momento pós-operatório, que, por vezes, causam lesões à saúde mental e à integridade física do paciente. Comprovada a negligência médica no pós-operatório, o paciente pode requerer indenização por danos morais, materiais e estéticos, a depender do caso.
Em se tratando de procedimento cirúrgico, é imprescindível a comprovação de cumprimento do dever informacional e do acompanhamento pós-operatório para fins de defesa médica, seja no âmbito administrativo ou judicial, tendo em vista que, mesmo em caso de complicação pós operatória, o profissional terá como se certificar de que fez todo o possível para evitar qualquer dano.
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