TJ-RJ recebe mais uma desembargadora
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) ganhou, ontem, um olhar de quem esteve do outro lado do balcão, coma posse da nova desembargadora Flávia Romano Rezende, vinda pelo Quinto Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil, dispositivo que permite que advogados possam, assim como os juízes carreira, fazer parte da Corte, cerimônia ocorreu durante sessão do Órgão Especial da Corte, quando foi levada ao plenário por seus padrinhos desembargadores, Maria Henriqueta do Amaral Fonseca Lobo, Presidente da 7ª Câmara Cível, e Cáudio de Mello Tavares, presidente da IP Câmara Cível
Flávia Rezende entrouna vaga do desembargador Gilberto ereira Rego, que ingressou no bunal pelo mesmo dispositivo e se aposentou. Ela foi escolhida pelo governador do estado, Sérgio Cabral, em lista tríplice de advogados escolhida por desembargadores do TJ-RJ partir de seis nomes enviados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manoel Alberto Rebelo dos Santos já requisitaram a nova desembargadora para atuar em suas câmaras."Isso é o sinal que o tribunal reconhece a extrema importância da entrada de um advogado como desembargador na Corte e recebe Flávia de braços abertos",afirmou.
O presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, disse que a entrada da advogada no tribunal dá a "sensação de dever cumprido". Para ele, o fato resgata a participação da advocacia no Poder Judiciário."Os advogados são o porta-voz do outro lado do balcão, daqueles que necessitam da prestação da Justiça. Eles sabem as reais necessidades dos jurisdicionados e, por isso, devem auxiliar o tribunal" , disse.
Representando o governador do Rio, o secretário estadual da Casa Civil, Regis Fichtner, disse que o estado está muito bem representado com a escolha de Flávia Rezende para o tribunal. "Flávia é uma advogada de grande experiencia. Ela tem grandes conhecimentos jurídicos; sabe viver a posição do cliente, característica que vai acrescentar nas discussões da Justiça", afirmou.
Flávia Rezende soma 19 anos na advocacia. Já foi diretora jurídica da Coca-Cola, conselheira do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) por duas gestões e professora convidada de pós-graduação da Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UEIU) dos cursos de Propriedade Industrial, sua especialidade.
Ela também tem atuação na área de Direito Civil e, por isso, já pensa em ingressar em uma Câmara Cível do tribunal. Porém, a nova desembargadora terá que esperar por cerca de dois anos para ser efetivada em uma câmara, já que os desembargadores recém-ingressados no tribunal devem aguardar para que para ter uma posição fixa no colegiado. Até lá, podem atuar em várias câmaras.
"Sinto que no tribunal estou cumprindo a missão de deixar um legado de Justiça e isso é mais possível na magistratura do que na advocacia. Além disso, será um prazer trabalhar em um dos tribunais mais rápidos do País" , afirmou, acrescentando que vai usar sua característica de ser tranquila nos julgamentos da Corte. "A tranquilidade permite que sejamos mais imparciais", justificou.
Também estiveram presentes à cerimônia o presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), desembargador Antonio Cesar Siqueira e os ex-presidentes do TJ-RJ, José Carlos Schmidt Murta Ribeiro e Humberto Manes.
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