Toma posse no TJ nova Juíza Substituta.
Afirmando recebê-la com satisfação, em nome do Poder Judiciário do Estado do Paraná, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Antônio Vidal Coelho, deu posse na tarde desta quinta-feira, 2, à doutora Márcia Hübler Mosko, no cargo de Juiz Substituto. Natural de Curitiba, onde nasceu em 1976, e graduada pela Faculdade de Direito de Curitiba, a nova magistrada foi designada para a 36ª Seção Judiciária, com sede na Comarca de Laranjeiras do Sul.
À posse, realizada no Gabinete da Presidência do TJ, compareceram Desembargadores, Juízes, familiares e amigos da juíza Márcia Mosko, que recebeu a toga, como de praxe, das mãos do desembargador Miguel Kfouri Neto, presidente da Associação dos Magistrados do Paraná.
Carreira de sacrifícios
Em seu curto discurso de boas vindas à juíza Márcia Hübler Mosko, o presidente Vidal Coelho lembrou que a solenidade de posse, embora simples, reveste-se de alto significado. "Para ela, que assume o cargo de Juiz, porquanto passa a integrar um quadro de servidores de escol, rigorosamente selecionados para exercer função da maior importância no meio social" e que "abraça uma carreira que exige sacrifícios e privações, mas que, exercida com dignidade e dedicação, conquista o respeito e o reconhecimento da comunidade", afirmou o Presidente do TJ, acrescentando: "Já, para o Poder Judiciário, a posse de novo magistrado traz sempre o sentido da renovação, da abertura para novas idéias, da oportunidade, enfim, para o arejamento tão necessário ao fortalecimento de toda e qualquer instituição".
Poder sacrificado
Ao saudar a juíza Márcia Mosko, em nome da AMAPAR-Associação dos Magistrados do Estado do Paraná, o presidente da entidade, desembargador Miguel Kfouri Neto, lembrou palavras do então presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Sydney Dittrich Zappa, que assim se referiu aos Juízes Substitutos que tomavam posse: "A partir de hoje, os Senhores - pela vocação que os anima e pelo elevado merecimento intelectual que demonstram - tornar-se-ão MAGISTRADOS. Este é, sem dúvida, galardão a que muitos aspiram, mas que poucos conseguem atingir. Como Juízes, os Senhores passam a integrar um dos Poderes da República - o PODER JUDICIÁRIO. De todos, seguramente, aquele que mais trabalho e dedicação exige de seus membros. De todos, o mais estável - não obstante as momentâneas turbulências - mal explicadas e geradas por desígnios inconfessáveis. Poder desarmado - mas que não perderá jamais a autoridade moral. Poder empobrecido - mas que encontra na distribuição da verdadeira Justiça seu tesouro inigualável. Poder sem soberba e sem prepotência; poder humilde, mas austero; compreensivo, mas severo; legalista, mas que nunca se dissocia da realidade social" .
Exigências
Ao discursar, a juíza Márcia Hübler Mosko agradeceu aos familiares e a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para aquele momento, lembrando que "A obtenção da aprovação no concurso é uma vitória conjunta, porque todos os que nos cercam são envolvidos neste objetivo, neste sonho a ser concretizado". Disse que "a trajetória percorrida até à aprovação é necessária à compreensão da árdua tarefa que está por vir; tarefa sublime, mas que exige contínuo estudo, disciplina, dedicação e amor. Exige do magistrado conhecimento e capacitação, como um direito que têm os jurisdicionados e a sociedade em geral de receberem um serviço de qualidade na administração da Justiça". Asseverando que "o Juiz deve sempre respeitar o equilíbrio entre as partes e garantir às camadas mais carentes o acesso à ordem jurídica justa?, a nova magistrada assinalou também que ?as relação do juiz com a sociedade deve se pautar pela independência e imparcialidade? e que ?a sociedade espera que o juiz atue com diligência e dedicação, velando para que os atos processuais se celebrem com a máxima pontualidade", uma vez que segundo já dizia Ruy Barbosa,"Justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta".
Márcia Mosko concluiu suas palavras afirmando:"Assumo o dever de proceder com integridade e de forma compatível com a dignidade, a honra e o decoro de minhas funções, o dever de manter conduta irrepreensível na vida pública e particular de modo a dignificar a função e contribuir para uma fundada confiança dos cidadãos na judicatura".
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