Trabalho de restauração de prédios do Judiciário conta com a participação de reeducandos
Desde a última terça-feira (3), um grupo de seis reeducandos que cumprem pena em regime semi-aberto na Capital paraibana tem realizado trabalhos de pintura, emassamento e acabamento nas dependências da Escola Superior da Magistratura (Esma), do Tribunal de Justiça da Paraíba.
A iniciativa é fruto do Projeto “Começar de Novo”, por meio do qual o Poder Judiciário do Estado, através de uma parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, vem oferecendo oportunidade de trabalho para presos, promovendo a ressocialização.
A reinserção social é o principal objetivo do projeto. De acordo com o diretor da Penitenciária de Segurança Média “Juiz Hitler Cantalice”, João Paulo Ferreira Barros, os reeducandos que participam do projeto trabalham oito horas por dia (com duas horas para almoço), de segunda a sexta-feira e são remunerados com um salário mínimo.
“O Judiciário requisita os serviços e indica os locais, oferecem a matéria-prima e nós fornecemos a mão-de-obra. O objetivo é que muitos trabalhos de restauração e reparos dos prédios do Poder Judiciário possam ser feitos a partir desta parceria, que foi iniciada na Esma”, destacou João Paulo.
O juiz titular da Vara das Execuções Penais da Capital e coordenador do “Começar de Novo”, Carlos Neves da Franca Filho, afirmou que o Tribunal dá um exemplo à sociedade, ao efetivar o projeto na própria instituição. “A ressocialização é uma responsabilidade de toda a sociedade e nós estamos oferecendo oportunidades de trabalho para estas pessoas, ao mesmo tempo que estamos buscando novas parcerias com empresas e instituições que queiram contribuir”, informou o magistrado.
Klebson Costa é um dos seis reeducando beneficiados pelo Projeto. Ele passou para o regime semi-aberto há uma semana, quando também iniciou os trabalhos fora da Penitenciária, começando pela Esma. “É uma nova chance e muito importante. Na maioria das vezes, o reeducando sai sem oportunidades, mas este é um passo para não retornarmos à vida do crime”, afirmou.
Marconex Roseno, que também cumpre pena no semi-aberto, disse que desde que mudou de regime se colocou a disposição para o trabalho. “Me sinto feliz de voltar para a sociedade. Estou restaurando minha vida e vejo que o mais importante é não olhar para o
passado, mas para o presente. Abaixo de Deus, a nossa coragem e o nosso esforço, para provarmos quem somos”, declarou.
Por Gabriela Parente
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