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16 de Junho de 2024
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    Tragédia em Santa Maria completa um mês perto de apontar culpados

    Publicado por G1 - Globo.com
    há 11 anos

    Na madrugada do dia 27 de janeiro, um incêndio atingiu a boate Kiss em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O saldo foi de 239 mortos e centenas de feridos, alguns dos quais seguem hospitalizados. A grande maioria era formada por jovens, vítimas de uma tragédia que comoveu o Brasil e ganhou repercussão internacional.

    Um mês depois, o G1 volta a cidade de 261 mil habitantes e faz um balanço de como os moradores tentam se recuperar do trauma, detalha o inquérito policial que apura as causas e as possíveis responsabilidades sobre a tragédia, além de atualizar as informações sobre o tratamento médico dos sobreviventes.

    Se por um lado a dor de familiares e amigos das vítimas ainda está longe de ser superada, já dá para notar que a tragédia de Santa Maria já deixa um legado: por todo o país, centenas de casas noturnas e estabelecimentos semelhantes foram interditadas por apresentarem riscos à segurança dos frequentadores. Autoridades discutem e adotam medidas mais rigorosas para tentar evitar que episódio semelhante jamais se repita.

    Inquérito se aproxima da conclusão sem laudos da perícia Faltando quatro dias para o fim do prazo do inquérito policial que investiga o incêndio na boate Kiss, no diz 3 de março, a Polícia Civil ainda não recebeu do Instituto Geral de Perícias (IGP) os laudos sobre o incêndio. Os documentos são essenciais para a conclusão do inquérito, pois devem apontar as causas das mortes e as circunstâncias do incêndio.

    Dois responsáveis pelas investigações, os delegados Marcelo Arigony e Sandro Meinerz estiveram em Porto Alegre na terça-feira (26) para terem acesso aos documentos. Receberam a resposta de que o IGP ainda não tem data para concluir os exames. Por isso, eles podem pedir a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito ou remetê-lo parcialmente à Justiça.

    "Duas perícias são fundamentais. A primeira, das necropsias, vai apontar a causa das mortes. E a outra é a do local dos fatos, pois ela vai esclarecer muitos detalhes. Toda a prova testemunhal caminha no sentido único, não há divergência no depoimento das testemunhas. O que a perícia vai fazer é dizer onde estavam os pontos de falha no local, que vão fundamentar o dolo eventual", explica o delegado Meinerz.

    Desde o dia da tragédia, a 1º Delegacia de Polícia de Santa Maria já ouviu mais de 400 pessoas e a expectativa é de que sejam prestados cerca de 500 depoimentos até o final desta semana. Tanto a polícia e o Ministério Público não têm dúvidas de que os proprietários da boate e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acionaram um artefato pirotécnico no palco naquela noite, assumiram o risco de matar.

    Dois proprietários da boate, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr, o Kiko, além do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor do grupo, Luciano Augusto Bonilha Leão, foram presos temporariamente na segunda-feira seguinte, dia 28..

    Spohr chegou a ficar hospitalizado em Cruz Alta por ter sido exposto à fumaça no incêndio até o dia 5, quando foi transferido à Penitenciária Estadual de Santa Maria, onde também se encontram os outros três envolvidos. O prazo inicial da prisão temporária, de cinco dias, foi prorrogado por mais 30 no dia 1º de fevereiro e vence no dia 3 de março. A prisão temporária ainda pode ser convertida em prisão preventiva.

    Cada um dos suspeitos prestou um depoimento inicial. A polícia planeja ouvi-los novamente antes de concluir o inquérito. Até o momento, segundo o titular da 1ª Delegacia de Polícia, Sandro Meinerz, e o delegado regional, Marcelo Arigony, a suspeita é de que os quatro presos tenham cometido homicídio doloso (intencional) qualificado. A tese é reforçada pelo Ministério Público.

    "Estamos acompanhado o inquérito desde o início e os elementos colhidos nos permitem essa denúncia. É preciso materialidade, indícios de autoria, e apontamentos para o descaso dos acusados com a possibilidade de tal resultado (matar)", afirma o promotor criminal Joel Dutra, um dos responsáveis pelo processo.

    Até o momento, os fatores apontados pela como causadores do incêndio pela políci...

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