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24 de Maio de 2024
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    Tragédia / Rachel, uma vítima da barbárie / Tragédia / Violência do assassinato choca família, colegas e pais de alunos / Tragédia / Troféu de redação no dia do sumiço

    Corpo de menina, desaparecida desde segunda-feira, foi encontrada em uma mala, na Rodoferroviária

    A Polícia Civil está mobilizada para encontrar pistas que levem ao assassino de Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de 9 anos. O corpo da menina, que estava desaparecida desde segunda-feira, foi encontrado dentro de uma mala na Rodoferroviária de Curitiba na madrugada de ontem. O computador que a menina usava para se comunicar com outras pessoas via internet será periciado. O lençol que envolvia o corpo no momento em que foi achado também passará por uma análise. Segundo a polícia, há indícios de que o lençol pertence a um hotel .O corpo da menina, vestido apenas com a camiseta azul do uniforme do colégio, estava ensagüentado e tinha sinais de violência sexual e de estrangulamento. O sepultamento será hoje, às 10 horas, no Cemitério Municipal do Santa Cândida.A menina cursava a 4ª série do Ensino Fundamental, no Instituto de Educação do Paraná (IEP), no Centro, e morava na Rua Augusto de Mari, na Vila Guaíra, com a mãe, o avô e um irmão menor. Geral-mente, Rachel usava o ônibus Dom Ático para ir e voltar da escola. Fazia o trajeto sozinha. De acordo com a polícia, desde segunda-feira, depois que saiu do colégio, por volta de 17h30, Rachel não tinha sido mais vista. A polícia não sabe, ainda, se a menina chegou a pegar o ônibus na Praça Rui Barbosa. Mas usuários da linha e o motorista afirmam que não viram a menina no horário em que ela voltava para casa.Desde segunda-feira, o caso estava sendo investigado pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride). Na noite de terça-feira, por volta de 20 horas, uma família indígena oriunda de Ortigueira, Centro-Oeste do estado, que há duas semanas habitava a parte de baixo de uma das escadarias do bloco estadual da Rodoferroviária, notou a presença de uma mala estranha.De acordo com o relato da índia Neusa Lucas, 19 anos, ela estava deitada no local com o filho Josiel, de 10 meses, quando notou a mala. "Achei que alguém tivesse deixado ali, mas esperei que viessem buscar depois. Achei que era roupa", afirma. Quando o pai de Neusa chegou, tentou arrastar a mala, mas não conseguiu, pois estava pesada. Estranhando a bagagem, chamou um vigilante. De acordo com o administrador da Rodoferroviária, Jair José Carvalho, quando o fiscal chegou ao local, adotou o procedimento padrão para encontro de malas. "Ele abriu para tentar identificar o que era e de quem era", explica. Ao ver o corpo da menina, o fiscal fechou a mala e chamou a Polícia Militar (PM). Às 2h30 de quarta-feira o corpo de Rachel foi levado ao Instituto Médico-Legal.A necropsia revelou que a menina sofreu abuso sexual. Foram constatadas também marcas de mordidas. A causa da morte, segundo o IML, foi asfixia, e o horário da morte de Rachel, segundo o exame, foi entre 24 e 36 horas antes da entrada do corpo no Instituto.De acordo com o delegado da Delegacia de Homicídios, Naylor Robert de Lima, as imagens de câmeras da Rodoferroviária e da área central, próxima ao colégio de Raquel, já foram requisitadas. "Vamos ver se conseguimos identificar algo nessas imagens", afirma. O trabalho da polícia deve ser dificultado pelo fato de que na Rodoferroviária as câmeras existentes estão voltadas para os pontos de táxis. De acordo com a Urbs, que administra o terminal, uma licitação foi aberta em setembro para aquisição de câmeras de segurança. A previsão era concluir o processo de compra do equipamento neste mês.Ontem, o pai de Rachel, o estagiário de secretariado executivo Michael Genofre, foi ouvido pela polícia. Já a mãe de Rachel, a professora da rede municipal Maria Cristina Lobo Oliveira, ainda não foi ouvida. Os pais de Rachel são separados, mas, segundo testemunhas, tinham uma convivência pacífica.De acordo com Lima, nenhuma hipótese está descartada, por enquanto.

    Dicas

    Cuidados que os pais devem tomar com os filhos menores de 12 anos- Acompanhá-los na escola, na ida e a volta, e avisar o responsável da escola sobre quem irá buscá-los na saída.- Orientá-los a não aceitar presentes e doces de estranhos.- Conhecer as pessoas que convivem com as crianças em todos os ambientes.- Colocar sempre bilhetes de identificação dos pais dentro da roupa dos filhos.- Não permitir que brinquem sozinhos na rua nem que fiquem sem alguém em casa.- Fazer com que os vizinhos conheçam as crianças e saibam onde elas moram e quem são os responsáveis.- Fazer a carteira de identidade e deixar o documento sempre com eles.- Conversar com eles todos os dias, observar a roupa que vestem e se tiveram alguma alteração de comportamento.- Não descuidar em passeios.- Não deixar com pessoas desconhecidas, nem por pouco tempo.- Ensinar a chamar uma viatura policial quando houver dificuldades.- Orientar as crianças a não se afastar dos pais.Fonte: Sicride

    Tragédia / T>Violência do assassinato choca família, colegas e pais de alunos

    A morte de Rachel chocou não só a família da menina. A família indígena que encontrou a mala com o corpo da menina está assustada. "Eu quero voltar para Ortigueira hoje. Não quero ficar com o meu filho aqui", disse a índia Neusa Lucas, 19 anos.A família de Rachel preferiu não dar entrevistas à imprensa. Segundo a esposa do padrinho de Rachel, Lidiane Souza, 25 anos, todos estão ainda chocados demais para falar. "Foi uma monstruosidade o que fizeram. Ela foi estuprada, ficou cheia de hematomas, com as mãozinhas inchadas, toda ensagüentada", afirma.No Instituto de Educação do Paraná (IEP), colégio em que Rachel estudava, o dia foi conturbado ontem. Pela manhã, os alunos fizeram cartazes em homenagem à menina. À tarde, os alunos que chegavam com os pais foram orientados a voltar para casa. Já os que chegavam sozinhos e com condução escolar permaneceram na escola.Pelos corredores, pais, professores e alunos lamentavam o crime. A camareira Adriana Xavier, mãe de aluno do Instituto, se diz assustada com o que aconteceu. "Nós que temos filhos da mesma idade ficamos desesperados. Eu não deixo minha filha andar sozinha por nada, ainda mais agora" , afirma.A historiadora Rosângela Santos, 37 anos, também mãe de aluno, chamou a atenção para a falta de segurança do entorno do colégio. "Esporadicamente tem guarda aqui, mas sempre tem um monte de moleque que vem de outros colégios para brigar aqui" , conta.Segundo a coordenadora de 1ª a 4ª do Instituto, Marisa Mello, a escola tinha conhecimento de que Rachel ia e voltava da escola sozinha. "A mãe dela disse que a menina estava bem orientada", afirma.O problema de segurança, contudo, não acontecia apenas nos arredores da escola. Os vizinhos de Rachel, na Vila Guaíra, também afirmaram que a região não tem segurança. "Tem arrombamento, assalto. À noite fica ainda mais perigoso, por causa da proximidade da favela do Parolin", disse um morador, que preferiu não se identificar. Segundo os vizinhos, ainda, Rachel costumava brincar sempre para dentro do portão de casa, sob os olhares da mãe. (TC)

    Tragédia / T>Troféu de redação no dia do sumiço

    Aline Peres. Colaborou TC.

    Rachel estava especialmente feliz na segunda-feira, dia de seu desaparecimento, por ter vencido em primeiro lugar um concurso de redação da Biblioteca Pública."Ela estava muito feliz porque estava com um troféu", conta a esposa do padrinho de Rachel, Lidiane Souza, 25 anos. Amigas da escola de Rachel ressaltaram o fato de a menina ser estudiosa.Alegre, sempre sorridente, Raquel era uma figura marcante. Foi assim que as pessoas que pegavam ônibus com ela, na linha Dom Ático, que a levava e trazia para casa, lembraram-se dela. Dilzete Alves da Cruz, costureira, 50 anos, lembra-se muito bem dela. A menina com cabelos cacheados esperava o ônibus das 17h50 sempre com a mochila e um pacote de pipocas.Élio Colaço Lima, 35 anos, motorista do ônibus, conhecia Rachel há três meses. "Sempre estava sozinha. E normalmente não conversava com os passageiros", lembra. Ela entrava, sentava no painel e largava a mochila. Só não desgrudava do celular. Lima repetia sempre que o local era proibido para sentar e que ela tinha de passar a roleta. Na segunda-feira, a menina não entrou no ônibus, diz Lima.O ponto de descida era na parada do Supermercado Tissy, na Rua Alagoas, a algumas quadras de sua casa. O motorista diz que nunca viu ninguém esperando Rachel. Dilzete descia no próximo ponto e também confirma nunca tê-la visto com ninguém.T>

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