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25 de Maio de 2024
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    TRE-RS promove evento em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres

    O Programa de Qualidade de Vida do Trabalho (PQVT) do TRE-RS, realizou, nesta quarta-feira (21), um evento em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado no dia oito desse mês. A cerimônia, que aconteceu no plenário do Tribunal, foi aberta pela servidora da Casa, Simone Telechi. Em sua fala, ela refletiu sobre as conquistas femininas e os desafios que ainda precisam ser superados. ?O feminismo é um movimento contra o comportamento que coloca o homem em posição de superioridade com relação à mulher, muitas vezes por meio da opressão e violência. Ele vai além da agressão física. Podemos citar, por exemplo, o assédio moral e sexual, as diferenças no mercado de trabalho e nas oportunidades de ocupação de cargos de poder?, destacou. Em seguida, Telechi convidou os presentes para assistir uma compilação do filme As Sufragistas, que narra a história de mulheres, no início do século XX, que passaram a reivindicar leis mais justas, referentes ao direito de participação feminina na política.

    Após, quatro vereadoras, representantes da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Mônica Leal, Fernanda Melchionna, Sofia Cavedon e Nádia Gerhard, participaram de um bate-papo sobre o tema. As servidoras do Tribunal Débora do Carmo Vicente e Adriana Tiburski mediaram a conversa.

    Tiburski abriu a mesa de debates destacando alguns pontos importantes do vídeo apresentado. ?Ele resgata o acirramento da luta do movimento sufragista na Inglaterra, após anos de promessas do Parlamento Britânico sem progresso efetivo. Enquanto os membros do governo afirmavam que as mulheres não tinham equilíbrio mental para a prática política, as sufragistas quebravam vidraças, incendiavam caixas de correio, eram presas e faziam greve de fome para pressionar a imprensa na divulgação de seus atos e ideias.? A servidora também lembrou as palavras de Emmeline Pankhurst, líder do movimento sufragista: ?Nunca subestime o poder que as mulheres têm de definir os seus próprios destinos. Nós não queremos quebrar as leis, nós queremos fazê-las.?

    Logo depois, Vicente fez uma breve contextualização jurídica e social a respeito do tema. ?Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, 52,25% do eleitorado brasileiro é composto por mulheres, mesmo assim o Brasil é um dos países com o menor número delas em seus parlamentos. Ainda, conforme pesquisa divulgada pela ONU o país aparece no 152º lugar dos 193 países no ranking de mulheres na política. Hoje estamos diante de quatro vereadoras modelos e exemplos, por isso eu gostaria de saber quais foram e quais são os maiores desafios que vocês, como mulheres, enfrentaram para chegar na posição que estão agora?, finalizou.

    Dando continuidade ao assunto, Melchionna lembrou que existe uma reprodução lógica machista, constituída ao longo do tempo, na ocupação dos espaços de poder. ?Uma das evidências dessa falta de oportunidade é, por exemplo, a participação das mulheres no parlamento, que chega a ser 10%. No meu caso, vocês devem imaginar a dificuldade que tive pra ser ouvida quando exerci meu primeiro mandato. Eu era muito jovem, tinha 24 anos e defendia o movimento social?. Conforme a vereadora ?um dos maiores empecilhos da entrada da mulher na política é a divisão sexual do trabalho doméstico, que ainda é tido como feminino. Muitas delas são líderes em suas comunidades mas não conseguem expandir o trabalho, porque as creches não tem espaço e elas não tem onde deixar os filhos?.

    Em complemento, Cavedon ressaltou que ?quando uma mulher se liberta, traz consigo muitos homens?. ?O sexismo, a desigualdade entre homens e mulheres, também é uma carga muito grande para eles. Essa cobrança da divisão de papéis da sociedade acaba colaborando para a construção de homens machistas?, falou.

    Já Gerhard, que também é tenente-coronel da reserva da Brigada Militar, relembrou sua trajetória profissional e frisou a necessidade da quebra de paradigmas para que as mulheres possam exercer papéis diferentes dos que a sociedade impõe. ?Eu venho de uma instituição que quase na sua totalidade é composta de homens, as mulheres ingressaram há pouco mais de 30 anos. Eu acredito que a Brigada Militar teve um grande avanço nesse sentido. Eu tive a oportunidade de viver isso por ser a primeira mulher a assumir um batalhão policial no estado?, destacou.

    Ao final do bate-papo, a vereadora Mônica Leal relatou que ao longo da sua trajetória política sempre procurou integrar as mulheres nas atividades legislativas.

    O evento encerrou com um pocket show da cantora Anaadi e seu parceiro musical, Max Garcia.

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    Texto e Imagens: Raquel Oliveira
    Supervisão: Daniel Campos

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