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5 de Maio de 2024
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    TRF3 PREPARA SERVIDORES E MAGISTRADOS PARA MUDANÇAS TRAZIDAS PELAS NOVAS TECNOLOGIAS

    Palestra abordou técnicas para enfrentar os processos de transformação pelos quais o Judiciário vem passando

    Diante das mudanças estruturais que o Processo Judicial Eletrônico (PJe) vem trazendo, com alteração, inclusive, de postos trabalho, o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) convidou o analista do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Pablo Fernando Pessoa de Freitas, para ministrar a palestra "Assumindo o Protagonismo das Mudanças" a servidores e magistrados.

    A Diretora da Secretaria de Gestão de Pessoas do TRF3, Marisol Ávila Ribeiro, afirmou que a palestra foi pensada por conta do cenário que estamos vivenciando desde 2016, com a transição dos processos físicos para os eletrônicos: “Isso gera muita expectativa em relação à reestruturação do órgão. E como estamos com o cenário restrito para a entrada de novos servidores, a gente precisa se reinventar”.

    O palestrante, Doutor em Administração, falou da postura e atitudes necessárias diante das mudanças, procurando sensibilizar os participantes para a importância de atitudes positivas.

    Segundo ele, “não é verdade que as pessoas não gostam de mudar, elas não querem ser mudadas”. Assim, para que uma mudança seja implementada com sucesso, é necessário envolver a todos no processo. “Todas as pessoas devem ser protagonistas da mudança”, afirmou.

    Para ele, o benchmarking é fundamental. “Não é errado copiar, pelo contrário, precisamos ver o que outros órgãos e setores estão fazendo e está dando certo”, disse.

    O palestrante contou sua experiência junto ao STJ, onde só tramitam processos digitais: “Hoje ninguém nem lembra como era trabalhar antes com processos físicos, ninguém nem pensa em voltar. Mas no começo, houve muita resistência, todo servidor novo era lotado na digitalização. Era desmotivante. Mas, com o tempo, as coisas fluíram e hoje todos falam bem do uso do processo eletrônico”.

    Ele também descreveu postos de trabalho que foram realocados. “As pessoas que trabalhavam nas áreas de arquivo, expedição, taquigrafia, foram todas realocadas e hoje trabalham com atividades mais intelectuais. As pessoas foram aprendendo as novas tecnologias e se reinventaram”.

    Como se reinventar?

    Segundo o palestrante, tanto os gestores devem envolver a todos no processo de mudança, como os próprios servidores devem se engajar em mudar.

    “Primeiro deve acabar a separação entre os profissionais que pensam e os que executam. O trabalho deve ser organizado para que todos pensem e executem ao mesmo tempo”, afirmou.

    Para ele, uma boa técnica é a do brainstorming - a tempestade de ideias – na qual o gestor apresenta o problema e deixa que a solução venha das próprias pessoas, sem julgamentos.

    “Precisamos valorizar o profissional que faz críticas, dá ideias e não apenas o que é legalista, e segue tudo à risca”, declarou.

    O palestrante falou das resistências mais comuns e como trabalhar com elas. Deu dicas práticas de como implementar mudanças e engajar funcionários, por exemplo, fazer um cronograma às avessas e com as próprias pessoas envolvidas, para criar o compromisso.

    “Ao fazer o cronograma ao contrário, a chance de dar certo e no prazo final estipulado é maior”, explicou.

    Por fim, o palestrante deu as seguintes orientações: “Defina um propósito comum”; “concentre-se no essencial”; “tenha poucas metas, mas tangíveis”; “seja empático”; “antecipe-se a perdas e compense-as”; “comunique-se”; “seja transparente”; “mostre-se aberto ao diálogo”; “mostre o que está dando certo”; “descarte o quanto antes as atividades antigas”; “estabeleça rituais de controle e prestação de contas”; “evite punições”; “valorize e celebre”; “reconheça e capacite”; “confie”.

    TRF3 100% PJe

    Em 2018, a Presidente do TRF3, Desembargadora Federal Therezinha Cazerta, lançou o programa “TRF3 100% PJe” para digitalizar de forma definitiva os processos federais que tramitam nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

    Com a virtualização completa dos processos, inúmeras atividades cartorárias, hoje realizadas de forma mecânica pelos servidores, serão automatizadas. Isso permitirá a otimização dos recursos humanos e materiais, a liberação de espaços físicos e a economia com deslocamentos, já que o sistema permite que processos estejam disponíveis em qualquer hora e lugar às partes, alinhando a Justiça Federal da 3.ª Região ao que há de mais atual no processamento de feitos judiciais.

    Assessoria de Comunicação Social do TRF3

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