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17 de Junho de 2024
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    TRT-RN promove I Encontro de Responsabilidade Socioambiental do Judiciário do RN

    O I Encontro de Responsabilidade Socioambiental do Poder Judiciário do Rio Grande do Norte foi realizado, na manhã desta sexta-feira, 13, no auditório do Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN).

    Com o objetivo de sensibilizar magistrados e servidores para os assuntos relacionados à responsabilidade socioambiental e à sustentabilidade, o evento foi aberto pela presidente do TRT, desembargadora Joseane Dantas.

    Ela destacou a aprovação pelo Tribunal do Trabalho potiguar, em 31 de março desse ano, do Plano de Logística Sustentável, "uma ferramenta do Planejamento Estratégico voltada ao aperfeiçoamento contínuo da gestão dos gastos e consumos dos órgãos, que permite estabelecer e acompanhar suas práticas de sustentabilidade, racionalização e qualidade com vistas à maior eficiência dos gastos públicos e da gestão dos processos de trabalho".

    Em seguida, o juiz auxiliar da presidência do TRT-RN, Cacio Oliveira Manoel, falou sobre a importância da conscientização que todas as pessoas devem ter quando o assunto envolve a questão do meio ambiente, seja no trabalho, em suas casas ou em qualquer outro local.

    Para o magistrado, mais importante do que falar sobre as normas da temática do encontro, é falar sobre os mecanismos efetivos para a implantação de uma política socioambiental que desperte nas pessoas a real necessidade do uso consciente dos nossos recursos naturais, principalmente, de sua preservação, que passa por não jogar lixo de qualquer jeito na natureza, como plásticos, pneus, vidros, metais pesados, etc.

    Segundo Cacio Manoel, isso parece simples mas na verdade não é bem assim, porque envolve uma mudança de postura, que não pode ficar limitado apenas a um discurso. "Devemos todos introduzir, no nosso dia a adia, conceitos de preservação ambiental e de boas práticas, pois ninguém pode se eximir de suas responsabilidades, e a questão ambiental é de todos nós", finalizou.

    O Plano de Logística Sustentável do TRT-RN foi apresentado por Yoanna Fernandes Guerra, chefe do Setor de Responsabilidade Socioambiental, que fez um alerta aos presentes sobre o descarte de lixo e resíduos, que hoje já é 1/3 superior a capacidade de armazenagem e de decomposição na terra.

    Yoanna ressaltou o papel que o setor público tem na questão socioambiental, como o grande poder de influenciar os rumos do mercado, que hoje já inclui nas suas contratações critérios de sustentabilidade.

    Sobre o Plano de Logística Sustentável, Yoanna informou que treze pessoas estão envolvidas diretamente, cada uma tratando diretamente de um tema, como material de consumo, veículos, água e esgoto, gestão de resíduos, qualidade de vida no ambiente de trabalho etc.

    Ela também apresentou um diagnóstico das ações socioambientais feitas pelo Tribunal, como o Pura, criado em 2008, que é o Programa de uso Racional de Água e seu Reaproveitamento. Em 2009, foi implantado o projeto Adote uma Árvore. Em, 2010 foi a vez da Semana do Meio Ambiente, e em 2011 foi feito um acordo de cooperação técnica com cooperativa de catadores de materiais recicláveis.

    Já em 2013 foi lançado o projeto "Habeas Copo" para diminuir o uso de copo descartável. Em 2013 foi a implantação do processo Judicial Eletrônico, que diminui substancialmente o uso de papel.

    Yoanna disse que o Tribunal vem fazendo muitas ações nos últimos anos para contribuir com a questão ambiental, reduzindo o consumo de energia elétrica e de água, descartando de forma adequadas materiais que não servem mais, como lâmpadas fluorescentes queimadas, baterias e pilhas, a substituição de copos plásticos por copos de cerâmica, dentre outras medidas.

    Como o Plano de Logística Sustentável do Tribunal é muito novo, Yoanna sugeriu que os servidores e magistrados passem a conhecê-lo mais detalhadamente. Para isso, basta acessar a página do tribunal da internet: www.trt21.jus.br

    CONSCIÊNCIA

    "Economizar, racionalizar, mas não deixar de investir". Essa foi uma das recomendações feitas por Ketlin Feitosa Scartezini, durante palestra sobre Consumo Consciente e Plano de Logística Sustentável.

    Chefe da Assessoria de Gestão Socioambiental do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ketlin alerta para um obstáculo a ser vencido para se obter resultado na implantação de mudanças nessa área, a síndrome de Gabriela. "É aquele situação em que se pensa, `eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim e é assim que eu", cantarola.

    Para ela, quantificar os gastos do Serviço Público e compartilhá-los com os membros da instituição é uma boa estratégia de mobilizar as pessoas para adotarem posturas novas, sustentáveis, que geram economia e eficiência às rotinas de trabalho nos órgãos públicos.

    "Precisamos tratar a coisa pública como tratamos a gestão da nossa casa. Ao substituirmos os copinhos de plástico por canecas, contribuímos com o meio ambiente, é certo, mas trazemos resultados muito mais efetivos em termos de economia de recursos financeiros", observa a gestora.

    Para Ketlin Feitosa, o maior desafio de toda instituição nessa área é encontrar o ponto de equilíbrio entre eficiência, resultados e economia de recursos, "mas só se consegue isso mudando a consciência, planejando e se estabelecendo metas realistas".

    BOAS PRÁTICAS

    O seminário também reservou parte de sua programação para apresentação de Boas Práticas realizadas por outros órgãos do judiciário do Rio Grande do Norte.

    O juiz Cleudson de Araújo Vale, vice-coordenador da Comissão Permanente de Gestão Ambiental do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, relatou os resultados dos programas de economia de energia e de água, dirigidas ao público interno.

    Outras ações, dirigidas a estudantes, professores e outros segmentos da sociedade também foram relatadas pelo juiz como exemplos a serem seguidos por outros órgãos. "Na verdade, mais do que ensinar vim aqui para aprender e aprendi coisas novas que vamos discutir no TJRN", revelou o juiz Cleudson.

    Entre as experiências apresentadas pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte, dentro do projeto Cuidar-se é Legal, a da "Terça Verde" foi a que mais mereceu atenção da gestora de pessoas da JFRN, Rita de Cássia Araújo Alves Mendonça.

    "Nossa prática tem mostrado que podemos reduzir o consumo de energia e economizarmos nossos recursos, tão necessários nos dias atuais, respeitando o bem estar e a qualidade de vida das pessoas que trabalham na instituição. Para nós, a sustentabilidade é uma jornada, não um destino", concluiu Rita de Cássia.

    No Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte, a solução para um problema pontual acabou gerando um arranjo socioambiental que evitou o uso de água tratada na limpeza e na conservação dos jardins da corte, no centro de Natal.

    A água que escorria dos aparelhos de ar-condicionado instalados na sede do TRE costumava molhar todos que subiam a rampa que permite o acesso pela única entrada do tribunal. A solução para esse problema veio com uma solução simples e de baixo custo.

    Instalou-se um sistema de canos (40 metros ao todo) que interliga a saída de água dos aparelhos de ar-condicionado a uma tubulação que ligada um reservatório (caída de água de fibra) instalado no subsolo do prédio.

    "Essa água, que antes era desperdiçada, hoje é utilizada nos jardins e na limpeza do tribunal, gerando uma economia enorme", revela Aléssio Cavalcanti, que coordena as ações de sustentabilidade no Tribunal Eleitoral do Rio Grande do Norte.

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