TST passa "rasteira" na categoria e servidores do TRT-MG receberão menos da URV
BRASÍLIA - 29/05/12 - Os servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, com sede em Minas Gerais, ganharam uma amarga surpresa do Tribunal Superior do Trabalho [TST] no que tange ao pagamento da URV, cuja terceira parcela era aguardada para este mês. De acordo com a coordenadora-geral do Sitraemg-MG Lúcia Maria Bernardes de Freitas, que esteve em Brasília na última semana em busca de explicações sobre o passivo, o valor esperado pelos servidores será bem menor - e os aposentados não receberão nada este ano. Além de Lúcia, estiveram nas reuniões o coordenador executivo do sindicato Hélio Ferreira Diogo e o assessor parlamentar Alexandre Marques.
A informação foi repassada pela coordenadora de orçamentos e finanças do TST, Kátia dos Santos Silva, diretamente à Lúcia. A explicação é que o TST uniformizou em 75% o montante já pago da URV aos servidores da Justiça do Trabalho em todo o país. Em Minas Gerais, os trabalhadores da ativa já receberam 74,6% e, agora, receberão somente o complemento disso, 0,4%, que equivale a R$ 360.444,25. Já os aposentados, como já receberam 79,2% do total a ser pago, ficarão sem a parcela deste ano.
Em Brasília, a coordenadora-geral do Sitraemg procurou falar primeiro diretamente com o presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen. Como este estava em viagem à Suíça por ocasião de evento da Organização Internacional do Trabalho [OIT], Kátia recebeu a dirigente sindical, que também tratou do mesmo tema com o secretário-geral da presidência da Casa, Rubens Curado.
Providências
A situação é preocupante - porém, para Lúcia Bernardes, mais preocupante foi a decisão tomada na gestão anterior do Tribunal mineiro, que fechou um convênio com uma instituição financeira e autorizou-a a oferecer empréstimos consignados aos servidores contando com a URV para quitá-los. Foi uma falta de responsabilidade publicizar esse convênio e autorizar o gerente a oferecê-lo aos trabalhadores, condenou a coordenadora do Sitraemg, lembrando que muitos servidores endividaram-se contando com a vinda da URV.
Agora, de acordo com Lúcia Bernardes, a categoria precisa mostrar toda sua indignação, começando com a paralisação e o ato público desta quarta-feira, dia 30. Além do PCS, vamos protestar contra essa atitude do TST, que prejudicou milhares de trabalhadores, sugere Lúcia.
O Sitraemg informa que já realizou diversas reuniões pleiteando o pagamento integral e em parcela única do passivo. No dia 2 de maio, o sindicato protocolou no TRT requerimento direcionado à presidente do Tribunal, desembargadora Deoclécia Amorelli Dias. Este pedido também foi feito ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho [CSJT], em reunião ocorrida em 26 de março, no TST, em Brasília [DF], com o secretário-geral, Ricardo Werbster Pereira de Lucena.
Fonte: Sitraemg-MG
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