Tutora de cães que morreram em hotel para animais processará proprietária do local

Por Rafaela Pietra | Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

A aposentada Soraia Amado, tutora dos cachorros que morreram em um hotel e spa para animais no último dia 9, entrará com um processo indenizatório contra o Bicho de Colo, estabelecimento onde seus cães morreram por asfixia no último dia 4.

Os animais morreram asfixiados, enrolados em suas coleiras, após a dona do local se ausentar, deixando os cães sem supervisão e cuidados. Segundo a tutora, o principal objetivo do processo é fechar o local, impedindo assim que mais animais sejam vítimas do descaso e falta de preparo da proprietária.

Na última sexta-feira (9), a tutora registou boletins de ocorrência sobre o caso na Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat) na Capital.

“É indescritível a falta que eu e minha irmã estamos sentindo deles. Não imaginávamos que eles iriam pra lá e não voltariam mais”, disse Soraia em entrevista ao Portal Correio do Estado.

Segundo ela, uma ex-funcionária do local entrou em contato para relatar supostos maus-tratos que presenciou durante o período em que permaneceu como auxiliar no estabelecimento. “Ela nos contou que a dona do Pet Shop maltratava os animais, judiava mesmo. Dava chicotadas, alguns passavam mal e ela afirmou ter registros em vídeo que provam isso”, afirmou a aposentada.

Segundo o advogado da tutora, Wagner Leão do Carmo, o contrato assinado entre as partes assegurava que os cães ficariam 45 dias no SPA. No dia da morte dos animais, a estadia completava 20 dias.

Os animais estavam no hotel e spa para receber tratamento, já que Toddy, o Shih Tzu de 8 anos, estava acima do peso. “Temos papéis escritos por ela (dona do Bicho de Colo) com o valor combinado, sendo que metade já havia sido pago pela Soraia e ainda temos a testemunha”, relatou o advogado.

Para Soraia, seus cães morreram por pura negligência. “Não há outra palavra para definir a não ser irresponsabilidade. Não queremos que outras pessoas passem pelo o que nós passamos”, disse.