UE contra imigração clandestina
Os países da UE pretendem endurecer a política de imigração na reunião de cúpula que será celebrada em Sevilha, no sul da Espanha, no próximo mês. A informação foi dada pelo presidente do governo espanhol, José Maria Aznar.
O anúncio de Aznar, cujo país preside a UE por seis meses, foi feito depois do crescimento do número de associações, partidos e entidades de direita e ultradireita, que têm como plataforma a luta contra a imigração, principalmente nos países onde existe um grande número de imigrantes de origem árabe ou religião muçulmana.
Na Áustria e na Dinamarca conseguiram sucesso nas urnas e recentemente o candidato fascista Le Pen, na França, e a lista de ultradireita de Pim Fortuyn, na Holanda, fizeram estragos políticos de grande monta. Na França e na Holanda os social-democratas perderam as eleições, ficando o governo entregue à direita.
Mesmo que o primeiro ministro espanhol não tenha relacionado o tema com as últimas eleições na Europa, Tony Blair fez questão de ressaltar que essa era uma preocupação popular em crescimento. Blair disse que é preciso colocar ordem na casa e estabelecer regras para todos. Quer uma política de coerência entre todos os Estados, mesmo sem fazer da Europa uma grande fortaleza.
A imigração e o direito de asilo constituem um dos problemas mais urgentes de nossa época, insistiu Tony Blair. Os quinze paises da UE examinarão nos dias 21 e 22 de junho, em Sevilha, propostas com o objetivo de lutar contra a imigração clandestina e as máfias que as organizam, acrescentou José María Aznar. Nesse sentido, Londres propôs uma ajuda da UE aos paises membros mais expostos, começando pela Grécia, que tem fronteiras com a Macedônia, Turquia, Albânia e Bulgária.
* Mario de Freitas Gonçalves, da Rádio Nederland, na Holanda, para o Expresso da Notícia.
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