VENDAS EXTERNAS DE SERVIÇOS AUMENTAM

O Brasil tem aumentado suas exportações de serviços nos últimos anos, mas no cenário geral este setor ainda está longe de ameaçar o predomínio dos produtos agrícolas. As vendas de itens baseados na prestação de serviços correspondem a apenas 13% das exportações do País.

Especialistas indicam que a marca Brasil está ganhando força, e com isso, áreas de engenharia, arquitetura, design, consultoria financeira e empresarial começam a abrir portas em outros países. De acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Comércio e Serviços (SCS), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), as vendas ao exterior de serviços passaram de US$ 26,2 bilhões em 2009 para US$ 30,3 bilhões em 2010.

José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), destaca o potencial do mercado internacional. "O peso do Brasil tem criado aumento da demanda no exterior. A tendência é aumentar cada vez mais."

No entanto, em 2010, a balança comercial dos serviços registrou déficit de US$ 29,4 bilhões, um aumento de 64,6% em relação a 2009. "O Brasil tem pouca musculatura nesta área. São três os problemas principais: mão de obra, concorrência e o câmbio", explica.

Para Castro, há outros impedimentos que geram baixo nível de internacionalização das companhias brasileiras; de acordo com ele, as empresas desconhecem os benefícios auferidos a companhias exportadoras.

A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 543 milhões na primeira semana de novembro, resultado de exportações de US$ 3,185 bilhões e importações, de US$ 3,728 bilhões. A média diária das vendas externas foi de US$ 1,061 bilhão, alta de 20,1% em relação 2010.