Verbete: Afeto é decisivo para qualificação de união homossexual
Questão polêmica de nosso tempo, a homossexualidade tem ocupado cada vez mais o direito. Todas as abordagens do tema concluem por uma análise sobre o preconceito, inferindo ser este o seu ponto nevrálgico. Tal quadro nos impele a meditar sobre a moral. Ninguém foi capaz até agora de estabelecer uma moral universal. O que não autoriza, decerto, a presunção de que ela inexista, como quer o absolutismo relativista destes tempos em que o pensamento sociológico se arvora em farol da verdade, mas evidencia a dificuldade que cerca tal empresa.
É possível divisar um conjunto de valores comuns a quase todos os homens, como vida, liberdade, dignidade, saúde, etc. Entretanto, quando nos aproximamos da questão familiar e sexual é que as diferenças são tão acentuadas que nos perguntamos se realmente é possível alcançar um denominador comum. Como recorda Serge Raynaud de la Ferrière (in Yug, Yoga, Yoghismo Ed. GFU, Caracas, Venezuela, 1987), no Tibet era possível que uma mulher pertencesse a cinco maridos, enquanto que na Turquia um homem possuía várias mulheres. Acresce ainda o referido autor que a freqüência do coito varia tanto entre os homens, que é impossível apurar uma norma. De onde advém, então, a conceituação moral do sexo?
Certamente provém daquele tipo de olhar religioso a identificar no sexo a animalidade que separa o homem de um estado superior de pensamento, as paixões que cegam o homem no egoísmo de sua própria satisfação, excluindo assim uma visão mais elevada que lhe possa fazer comungar com os demais homens, o universo e, enfim, Deus. É a partir de Santo Agostinho, inspirado por sua vez em São Paulo, que o cristianismo cobriu de vergonha o sexo.
Se nos voltamos para o Oriente, tomando por exemplo a Índia, vemos diversas correntes religiosas que denominam o prazer como ilusão dos sentidos, o chamado mundo de maya, preconizando a superação deste marco ilusório para o alcance de uma verdade superior. Mas, diferentemente, neste mesmo país encontraremos concepções sacramentais do sexo lhe qualificando como energia criadora que convoca as forças da natureza, sendo a chamada Tantra-Yoga uma espécie de prática sexual com a finalidade de desenvolvimento espiritual, ...
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