Vibração no Supremo!
A tarde de quinta-feira passada foi aziaga no Supremo. Na esquentada troca de flechadas verbais entre Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso ouviram-se difamações antagônicas sob o manto da imunidade jurisdicional.
- Vossa Excelência já foi advogado de bandido internacional – disse o primeiro.
- Vossa Excelência não julga, não fala coisas racionais, está sempre com ódio de alguém – rebateu o segundo.
E por aí se foram os dois, em farpas cada vez mais pesadas.
A notícia do confronto verbal se espalhou como um rastilho em Brasília e, rápido, mais operadores jurídicos foram chegando à Corte, pensando em assistir um imprevisível desfecho.
A segurança da Casa reforçou presença na sala de sessões e resolveu, também, aplicar o que seus agentes chamam de “cana dura”. É a “dica” que significa ser minuciosamente exigente na revista dos pertences pessoais de todos os que chegam – mesmo os mais conhecidos e idôneos frequentadores.
O inédito rigor fez encher o armário de inusitados objetos apreendidos temporariamente: biscoitos de polvilho, bolachinhas recheadas, determinados cigarros, cremes, géis e isqueiros, um par de sapatos altos guardados numa bolsa e... um vibrador – daqueles que servem para...relaxar pessoas tensas
Na saída, na hora da devolução, a segurança fez compenetrada discrição: não revelou quem eram os felizes donos dos objetos, entre estes um vibrador de cor azul celeste, devidamente acondicionado numa caixa de bom tamanho.
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