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16 de Junho de 2024
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    Visitas ao veterinário podem evitar câncer de mama em cães e gatos

    Cléo precisou passar por duas cirurgias para retirada total das mamas (Foto: Arquivo pessoal)

    Cuidar da própria saúde sempre foi prioridade para a professora de Educação Física Sílvia Regina Bertin, de 51 anos. Pensando em bem estar e qualidade de vida, a sorocabana visita o ginecologista com frequência e não deixa o consultório médico sem antes fazer os exames de rotina. No mês em que é celebrada a campanha internacional Outubro Rosa, a atenção de Sílvia e do restante do mundo está toda voltada ao combate e prevenção do câncer de mama em humanos. Mas o que muitos não sabem é que a incidência da doença pode ser igualmente alta em cães e gatos.

    Foi enquanto brincava com a Poodle Cléo, de 8 anos, que Sílvia descobriu um pequeno caroço em uma das mamas da cachorrinha doméstica. Apesar de ela nunca ter apresentado nenhum sintoma, o primeiro passo da família foi procurar um veterinário, que, após examinar o animal, confirmou o câncer e a necessidade de uma mastectomia para retirada das mamas de um lado do corpo.

    Algumas semanas depois, um novo caroço se formou e Cléo passou por uma segunda cirurgia. Desta vez, foram removidas todas as mamas do outro lado. A descoberta da doença ainda nos primeiros estágios evitou que a cadelinha precisasse passar pela quimioterapia ou tivesse que tomar algum tipo de medicamento. “Ela fez a primeira cirurgia em janeiro deste ano e, desde então, está super bem”, conta a dona.

    Apesar de mais comuns em fêmeas, o câncer de mama também pode acometer cães e gatos machos. No Brasil, a cada 100 cães com algum tipo de neoplasia, cerca de 45 são cadelas com tumores de mama. Em gatas, segundo uma pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a estimativa gira em torno de 30%.

    Quanto mais cedo melhor

    O acompanhamento regular da saúde dos animais por um médico veterinário é fundamental para o diagnóstico precoce da doença e, de acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), aumenta as chances de sucesso no tratamento.

    O recomendado é que o tutor procure um especialista assim que perceber a ocorrência de anormalidades com seu cão ou gato. Uma dica é sempre apalpar a barriga do animal e, por meio do exame de toque, observar as mamas em busca de qualquer alteração ou nódulo.

    Quanto mais cedo for detectado o problema, maiores serão as chances de cura. “A prevenção e o controle do câncer de mama são fundamentais. Muitas vezes só vemos o paciente quando ele já está doente”, explica o secretário-geral do conselho, Marcello Roza.

    Este tipo de câncer começa com pequenos nódulos, dores, inchaços ou aumento na região das mamas e presença de secreções. Nem todos os tumores, no entanto, são necessariamente malignos. Existem vários tipos de tratamento contra a doença atualmente. Caso o animal seja identificado com tumores benignos, a cirurgia para extração dos tumores ou das mamas é a opção mais indicada.

    Em casos mais extremos de tumores malignos, além da mastectomia, pode ser feita a quimioterapia antineoplásica para eliminação das células cancerígenas. Nos últimos 20 anos, a medicina veterinária avançou consideravelmente no diagnóstico e tratamento de câncer de animais. Antigamente, a doença era sinônimo de eutanásia e hoje é possível utilizar diversos meios para diagnosticar as neoplasias e procurar o tratamento ideal para os animais.

    Castrar para prevenir

    Acostumada a ler artigos sobre animais, Sílvia sempre soube que o câncer de mama também podia acometer cães e gatos, mas não esperou que fosse acontecer com Cléo. “O veterinário me explicou que a doença pode aparecer aleatoriamente, como acontece com as pessoas, mas o fato de ela não ter sido castrada pode ter contribuído”, conta. Por isso, a tutora aproveitou as cirurgias de retirada das mamas para castrar a cadelinha de uma vez.

    A castração precoce é a forma mais indicada para prevenir a proliferação de tumores mamários e deve ser feita, preferencialmente, antes do primeiro cio das fêmeas. Ao contrário do que muitos pensam, deixar o animal cruzar e ter uma ou mais gestações não previne o câncer de mama. O uso de medicamentos hormonais, como anticoncepcionais, também pode ser determinante para o surgimento de tumores nas mamas.

    Além de Cléo, Sílvia conta com a companhia de um Yorkshire, de 10 meses de idade, em casa. Também teve outra Poodle, que faleceu aos 14 anos devido a problemas cardíacos causados pela diabetes. “Ela era castrada e nunca teve câncer de mama”, lembra a tutora.

    Fonte: G1

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