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17 de Junho de 2024
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    Wanderlê Correia apresenta dados sobre riscos causados por antenas de telefonia

    Durante pronunciamento feito no grande expediente da sessão desta quinta-feira, dia 18, o deputado estadual Wanderlê Correia (PMDB) retomou sua preocupação quanto aos riscos trazidos à população pelas antenas de telefonia celular. O parlamentar tem, inclusive, tem o projeto de lei 254/2009 tramitando na Casa que dispõe sobre a instalação de antenas transmissoras de telefonia celular em Sergipe.

    O deputado disse que o que lhe fez romper o silêncio em torno do assunto foram os dados científicos apresentados na tese de doutorado defendida pela engenheira Adilza Dode, da Universidade Federal de Minas Gerais, com o título “O problema da correlação entre casos de morte por câncer e localização das antenas de telefonia celular”. Na tese, a pesquisadora constata que a poluição causada pelas radiações eletromagnéticas é o maior problema ambiental do século 21.

    Para o doutorado, a pesquisadora trabalhou com a hipótese de relação entre mortes por câncer e a proximidade residencial com antenas - estações radiobase (ERB) - de telefonia celular. Segundo a tese, entre os 22.543 casos de morte por câncer, no período de 1996 a 2006, a pesquisadora selecionou 4.924, cujos tipos (próstata, mama, pulmão, rins e fígado, por exemplo) são reconhecidos na literatura científica como relacionados à radiação eletromagnética.

    De acordo com o deputado Wanderlê, na fase seguinte do estudo, utilizando o georprocessamenteo da cidade, ela elaborou uma metodologia inédita para descobrir que a distância das antenas e os casos de óbitos por câncer. Ela descobriu que 81,37% das pessoas que morreram por neoplasias moravam a até 500 metros de distância das antenas. Em seu estudo, Adilza citou diversos estudos internacionais que procuram compreender os efeitos dos campos eletromagnéticos, como na Alemanha e Israel.

    O parlamentar destacou que a penetração das radiações eletromagnéticas no cérebro das crianças é muito maior que no dos adultos. “E mesmo assim hoje a gente ainda dá aos filhos pequenos aparelho celular”, lembrou. O deputado Wanderlê Correia citou ainda algumas recomendações da pesquisadora para que o Brasil adote, seguindo o princípio da precaução. Entre elas que o governo não permita a transmissão de sinal de tecnologias sem fio para creches, escolas, casas de repouso, residências e hospitais; que crie infraestrutura para medir e monitorar os campos eletromagnéticos provenientes das estações de telecomunicação e desestimule ou proíba o uso de celulares por crianças pré-adolescentes.

    A pesquisadora aconselha ainda que cada prédio tenha área reservada para uso de celular e que os moradores não aceitem a instalação de antenas. Para os usuários, a orientação seria que não andem com os aparelhos junto ao corpo e optem por enviar mensagens, para evitar, ao máximo, a proximidade ao ouvido.

    Ao defender a aprovação do projeto de lei de sua autoria que estabelece condições adequadas para a instalação desses equipamentos em Sergipe, o deputado Wanderlê Correia disse que devemos agir com rapidez e responsabilidade social, para evitar que no futuro aconteça uma tragédia.

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