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5 de Maio de 2024
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    Yara Alves Ferreira e Silva toma posse como procuradora de Justiça

    Depois de mais de 25 anos de carreira como promotora de Justiça, 17 dos quais como uma das titulares do Tribunal do Júri de Goiânia, Yara Alves Ferreira e Silva foi empossada hoje (28/6) pela manhã como procuradora de Justiça. A solenidade que marcou a ascensão ao segundo grau do Ministério Público de uma das mais destacadas integrantes da instituição lotou a sala de sessões do Colégio de Procuradores de Justiça, que ficou pequena para o público presente. A cerimônia foi prestigiada por membros do Ministério Público (da ativa e aposentados), servidores da instituição, desembargadores, juízes, advogados e familiares da nova procuradora.

    O ato solene de posse foi formalizado logo no início da sessão, com a assinatura do procurador-geral de Justiça, Eduardo Abdon Moura, que preside o Colégio de Procuradores, e da empossada, depois da leitura do termo pelo secretário do colegiado, procurador Edison Miguel da Silva Jr. Escolhida para saudar a nova colega, a procuradora de Justiça Laura Maria Ferreira Bueno fez um discurso emocionado e poético, pontuado pelas lembranças de momentos importantes e pitorescos da trajetória de Yara Alves. Passando pelas comarcas iniciais da carreira da nova procuradora, Laura salientou episódios que retratam o perfil da então promotora: mulher de fibra, coragem, paixão e extrema dedicação ao MP e ao seu ideal de defesa da justiça e busca da transformação social.

    No detalhe das histórias peculiares, a saudação reforçou o sentido de humanidade que caracterizou a atuação de Yara por onde passou, especialmente no júri, no qual, conforme destacaram as palavras proferidas, a empossanda realizou seu trabalho mais contundente e vibrante. Sua chegada a este Colégio de Procuradores nos eleva; que ela possa nos tornar mais nobres, justos e humanos, desejou Laura Bueno à recém-chegada colega.

    O mesmo ideal

    Trazendo consigo o discurso escrito à mão, na letra firme e redonda, a empossanda assumiu o microfone para se manifestar mais uma vez, ainda que não mais diante de jurados compenetrados. Controlando a emoção, Yara Alves prosseguiu sua fala rememorando também, mais do que sua própria carreira, a trajetória do MP de Goiás que, como salientou, viu ser construída. Pertenço àquela geração de homens e mulheres que lutaram para firmar nossa instituição, observou, destacando episódios que a marcaram, como quando da inauguração da sede própria do MP na capital, em 2001, descrita por ela como um momento de conquista da dignidade.

    Mesmo nos tempos difíceis do MP, recordou a nova procuradora, o que a animava e aos outros colegas era a certeza da relevância da missão institucional: a de transformar o Brasil num verdadeiro Estado Democrático de Direito. Missão esta, enfatizou, que não se findou, tornando-se mais urgente agora quando tantas são as tentativas de mitigar as atribuições do Ministério Público. Urge que nos mobilizemos, mantendo a vigilância e o trabalho permanentes, alertou.

    Depois de quase 26 anos de carreira neste MP, chego à Procuradoria de Justiça com o mesmo ideal do início: venho para servir, pontuou. Ao concluir sua fala, agradeceu a todos que contribuíram para aquele momento: a Deus, primeiramente; ao pai, já falecido; à mãe, presente na cerimônia; ao marido, Carlos Eduardo; aos filhos, Carlos Vinícius e João Vítor; aos membros do MP, da ativa e aposentados, aos magistrados com quem trabalhou, aos servidores da instituição. Fez ainda um agradecimento especial ao ensino público, lembrando ser egressa de escola estadual, a qual lhe propiciou realizar seu sonho, o que, na sua opinião, torna ainda mais inaceitável a situação atual da educação pública brasileira.

    Comprometimento

    Na sequência, discursou o presidente da Associação Goiana do Ministério Público (AGMP), Lauro Machado Nogueira. Falando de improviso, recordou uma conversa recente com a nova procuradora, na qual ela lhe confessou que, mesmo depois de 17 anos de júri, ainda ficava com as mãos geladas antes de um julgamento. Na avaliação de Lauro, longe de significar insegurança, o fato demonstra o comprometimento pessoal de alguém que se importa e valoriza o que faz.

    O presidente da AGMP ponderou que a posse de Yara como procuradora representa o fim de uma jornada e o começo de outra, em um colegiado no qual os membros do MP depositam grandes esperanças. Sua chegada pode agregar muito a este Colégio de Procuradores, reiterou. Lauro deixou ainda um pedido à recém-empossada: Viva sua paixão pelo Ministério Público. Mantenha acesa esta chama.

    Uma surpresa estava reservada à empossanda na continuidade da cerimônia. Presente à sessão como convidada, Vilma Britto, mãe de uma vítima de homicídio, uma entre as várias pessoas atendidas e acolhidas por Yara ao longo de sua carreira, pediu para prestar sua homenagem. Destacando a generosidade da nova procuradora, Vilma leu um poema de sua autoria, intitulado Mulher do Beco , que traz referências a vários perfis femininos como um louvor à força da mulher.

    Preocupação com o outro

    Concluindo os discursos da solenidade, a fala do procurador-geral de Justiça também teve um tom mais emotivo e pessoal. Eduardo Abdon ressaltou o lado passional de Yara Alves, no bom sentido do termo, como alguém que coloca o coração em tudo o que faz. Na definição do procurador-geral, a nova integrante do colegiado é uma pessoa que coloca o sentimento e o coração a serviço do seu ideal de justiça.

    Lembrando os sorrisos largos e abundantes de Yara e o seu perfil humanista, apontado por todos, Abdon fez referência a uma recente pesquisa patrocinada pelas Nações Unidas no País, que buscou conhecer o que pensa e deseja o cidadão brasileiro. Segundo destacou, a grande constatação do levantamento é presença de um sentido urgente de mudança de valores, que colocou em realce um sentimento positivo de benevolência universal, traduzido como a preocupação com o bem-estar do outro, ou seja, com o bem do ser humano em geral, não apenas com aqueles que estão próximos. É esse sentimento que Yara Alves procura tanto transmitir e ensinar, esse pensar e se solidarizar com o outro, pontuou.

    Para o procurador-geral, a chegada da nova integrante ao Colégio de Procuradores reforça seus laços indissolúveis com o MP e representa uma premiação por tantos anos orgulhando a instituição. Nós a acolhemos de coração aberto. Seja bem-vinda e seja feliz, finalizou. ( Texto: Ana Cristina Arruda Fotos: João Sérgio/Assessoria de Comunicação Social do MP-GO )

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