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2 de Maio de 2024

Ética e Política na Democracia

Publicado por Renan Miron
há 7 anos

INTRODUÇÃO

A ética pode ser definida como a parte da filosofia que aborda os fundamentos da moral, é o estudo dos valores que regem a conduta humana subjetiva e social. É o parâmetro que temos para julgar as ações que beneficiam ou prejudicam a vida humana neste mundo e nesta sociedade.

O sistema político vigente hoje em nosso país é a democracia, onde a população, por meio de votação elege um governante que tomara decisões em nome daqueles que o colocaram no poder.

Nosso país vem passando por um serie de escândalos na política que nos faz questionar a ética de nossos governantes, temos como exemplo o escândalo do mensalão e o dinheiro nas cuecas, exemplos esses que causam um desprestígio da política brasileira.

Alguns especialistas afirmam que essa falta de ética na política se deve ao desinteresse da população pela política, facilitando assim a corrupção de muitos políticos, e a maneira como os cargos políticos são vistos pelos mesmos, não mais como uma maneira de ajudar ao país, mas sim uma profissão.

Aristóteles e Platão diziam existir basicamente dos tipos de políticos, aqueles que consideravam a política como ocupação onde o objetivo é realizar o bem comum e o de Maquiavel, que considera a política uma arte de conquistar e manter estável o poder, fazendo de tudo para que isso ocorra.

Sendo assim, cabe apenas a nós cidadãos, cada vez que formos as urnas, devemos escolher bem nossos políticos, e não esquecer quem elegemos durante todo seu mandato, nos fazendo presente na política de nosso país e cobrando ética daqueles que o governam.

Política e ética são duas coisas que deveriam andar de mãos dadas em um mundo idealizado e que, mesmo que não seja possível o alcance a este mundo perfeito, a tentativa da busca sobre ambos os temas em conjunto deveria ser o objetivo, a meta de todos os que operam no ramo da política. Infelizmente, esta não parece ser a situação do atual sistema representativo da política no Brasil, tantos escândalos e corrupção fazem a imagem da nossa política cair e o povo deixa de acreditar na mesma. Recentemente, temos visto muitos julgamentos e vários esquemas serem desmantelados (fato positivo e primeiro passo rumo a, quem sabe, uma melhora no nosso sistema), que é exatamente o que se espera da política, a eticidade. Um país que não leva a política juntamente com a ética não tem a autoridade, ou sequer a moral, para cobrar o mesmo do cidadão, ou mesmo puni-lo quando algo for descumprido, pois não há legitimidade em uma política que não segue os princípios da ética.

O mais preocupante com esta política tão escrachadamente corrupta, é a cara de pau com que nossos representantes se dirigem, se defendem ou falam conosco (seus eleitores), como em relação ao mensalão, onde alguns dos acusados se referem ao mesmo como um "simples caixa dois de campanha". Alguns respeitados filósofos já caracterizaram os políticos como pessoas que se envolvem com atos satânicos, como Max Weber, que dizia que se um sujeito se envolve com a política, ele não tem nada a perder, pois sua alma já estaria completamente perdida/vendida. Outros filósofos, como Aristóteles, Platão e Santo Tomas de Aquino (filosofo o qual adaptou os pensamentos dos dois primeiros ao cristianismo) já acreditavam neste conceito de ética e política, onde a ética é o horizonte da política e vice-versa.

O ideal seria a política se apenas estoicos seguissem a carreira política, já que o estoicismo era a crença de que o individuo que não fosse perfeitamente ético e moral, seria punido de alguma forma, algum infortúnio o alcançaria inevitavelmente.

Uma política com estoicos teria tanto o lado positivo quanto o negativo (de acordo com o nível de radicalismo com que esses políticos o seguiriam), pois teríamos políticos exemplares que seriam éticos e morais a um ponto excelente, por um outro lado, estes seriam os mesmos que legislariam e, provavelmente, criariam leis extremamente severas, considerando que o povo não seria estoico.

Os partidos políticos surgiram como produto da ação de pessoas nas arenas decisórias e nas eleitorais, portanto se deve avaliar o sistema partidário brasileiro tanto em sua eficácia em manter a governabilidade democrática, como em sua capacidade de estruturar a competição eleitoral. Vale destacar que a concepção popular tem mais a ver com o impacto no eleitorado dos partidos políticos do que com o seu papel de instrumento das elites políticas para conquistar seus objetivos no mercado eleitoral.

A indagação que norteia este trabalho é em que medida os partidos fazem alguma diferença na concepção do eleitor. Em outras palavras, quão efetivo eles são em seu papel de orientar os cidadãos na decisão do voto. Assumindo que em regimes democráticos os partidos são importantes também como estruturadores e facilitadores da escolha eleitoral, a condição básica para torná-los um instrumento orientador da decisão é que eles tenham visibilidade suficiente na competição eleitoral. É mediante esta visibilidade, combinada com a contínua participação em eleições, que é possível o surgimento da lealdade partidária, que pode crescer ao longo da experiência política democrática.

Pensa-se numa reforma política para, senão solucionar, ao menos apaziguar os problemas e escândalos políticos que eclodiram no país nos últimos anos e, principalmente, que venha fortalecer o caráter republicano do sistema político eleitoral brasileiro como resposta às sucessivas crises e como meio de se reverter o quadro de descrédito em que se encontram as instituições democráticas no país.

No Brasil é seguido o sistema de democracia representativa. Existe a obrigatoriedade do voto, diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, onde é facultativo. Para os cidadãos que estão na faixa etária entre 18 e 70 anos é obrigatório. Entre 16 ou 18 anos, o voto é facultativo, assim como para os idosos que possuem mais de 70 anos. É o povo quem escolhe os integrantes do poder legislativo e do executivo.

Por isso devemos analisar muito bem os candidatos, antes das eleições temos que ficar por dentro de tudo que acontece, assistir a horários políticos e ver o que cada um dos candidatos já fez pela nossa cidade, estado ou pelo país. Há muita corrupção, mas com o tempo isso vem mudando, se votarmos e ficarmos de olho no que o candidato está fazendo, muitas coisas irão mudar. A mudança tem que começar em cada um de nós, temos que nos interessar mais pela política, pois é isso que vai mudar o país em que vivemos.

CONCLUSÃO

A ética na política existe, pelo menos no papel, porém ela não é utilizada corretamente.

A política como uma profissão, não é algo fora de propósito a inclusão da ética, o político assim como o agente político não pode a nenhum momento desprezar a ética na sua conduta, e ética no sistema político não é apenas a distinção do legal e do ilegal, do moral e do imoral, mais sim sempre visar o bem comum a todos e um bem estar social, buscando assim um equilíbrio entre a legalidade e a moralidade.

A ética é um conceito ligado ao coletivo seja esse coletivo a corporação, a nação ou a humanidade.

A ética não pode ficar contida na esfera da vida privada em seus confrontos, a ética não se separa da política e da esfera da vida pública. A ética é política, é matéria pública, ou não é ética, pode ser moral, conjunto necessário de princípios das ações individuais.

A política, a mais nobre das ocupações humanas, é o empenho na realização do bem comum, do bem da coletividade ao qual se aplica como a um propósito final, é a concepção de Platão e de Aristóteles.

Na Antiguidade, a crítica pela perspectiva da ética era feita pelos filósofos em nome do ideal da "vida digna" sobre as políticas dos governantes que buscavam a glória. Na Idade Média, o objetivo estava ligado a estabilidade dos reinas e à glória dos príncipes, enquanto a crítica pela perspectiva ética, era feita em nome dos princípios da moral cristã que deviam pautar os "bons governos".

Na modernidade, o eixo do pragmatismo transferiu-se para a eficácia vista pela ótica do econômico, enquanto a critica ética se fundava nas ideologias da igualdade econômica e da justiça social.

REFERÊNCIAS

http://www.webartigos.com/artigos/a-ética-na-política/42199/#ixzz28pJnPvX4

http://www.marica.com.br/2004/1204etica.htm

http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_15185/artigo_sobre_os_partidos_pol%C3%8Dticos_e_a_democracia_representativa

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