Resenha crítica da obra Moral E Ética: Dimensões Intelectuais e Afetivas, de Yves De La Taille
A partir da leitura da mencionada obra, é notável que o autor procura fazer uma reflexão acerca do desenvolvimento mental que o ser humano faz uso para fundamentar suas razões morais. Com isso, o livro relata acerca sobre dos elementos essenciais para o conhecimento psicológico para a vida ter sentido e seja boa. Dentre tais elementos, há o autorrespeito, que concerne em um sentimento que conecta a moral e a ética, sendo essenciais 3 sensações: justiça, generosidade e honra.
À medida que lê-se a obra, há um capítulo que relata a extensão do intelecto em saber fazer moral, estando incluso os seguintes aspectos: 1 – competência de reflexão, tomar consciência das máximas elaboradas pela própria razão; 2 – entendimento das regras, valores e princípios; 3 – habilidade para emissão de juízo moral, e, por fim, 4 – ser sensível para ir além do visível e ser capaz de realizar interpretação.
Cabe ressaltar que a moral segue um caminho ligado aos procedimentos mentais conectados na lógica da criança, dando início a uma fase de anomia, que cujas normas que regem a conduta não são morais, em seguida indo pela heteronomia, momento em que os juízos expressos são baseiam-se na obediência às normas que são ditas pelas autoridades e, também, na maior atenção a aspectos como resultados da ação invés de intenções, para finalmente, ocasionar a autonomia, o que nem sempre é alcançados pelas pessoas.
Com isso, inicia-se a moral autônoma pela inquirição da aplicação da norma pela norma, tendo em vista que o sujeito nota que o essencial é prestar atenção aos norteadores subjacentes à norma, tais como justiça, bem como pela intencionalidade do ato em juízo.
Dando continuidade, tem-se que a aceitação às normas diferencia-se no grupo da qual é originada, não só pela aceitação do mesmo, no entanto, para prover sua estabilidade. Na última fase, é o momento em que é possível notar um conceito de valores e normas pessoas, desobrigada da autoridade do grupo, de modo a resultar na propensão e anuência a adventos éticos universais, baseados na justiça, reciprocidade, igualdade e respeito ao próximo.
Ao final do livro, o autor diz o motivo do desmembramento das expansões afetivas e cognitivas inseridas na sua condição de moral. Em sua opinião, são extensões indomáveis uma à outra, não existindo benefício em junta-las, o que não quer diz não relacioná-las. Por fim, um último ângulo que se aborda é em relação à existência do desenvolvimento intelectual e afetivo, que é uma potencialidade, que não se desenvolverá em condições adversas.
Autor (a): Brenda Licia Almeida de Paula.
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