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7 de Maio de 2024
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    Ação de inteligência do Ipaam mapeia crime de caça a animais silvestres na Amazônia

    Numa ação de inteligência, o Grupo de Combate a Crimes Ambientais (Gecam) do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) flagrou, às 2h30 da madrugada desta quarta-feira (16), o abate de três pacas em um ramal do município de Rio Preto da Eva, região metropolitana de Manaus. Duas pessoas foram encaminhadas à Delegacia do município e receberam multa de R$ 500 por animal abatido.

    A investigação foi deflagrada após denúncias de moradores feitas ao Ipaam. Os agentes do IPAAM acreditam que os infratores, dois homens de respectivamente 29 e 48 anos, são praticantes da caça porque demonstraram perícia no uso da espingarda. À distância, os agentes do Ipaam escutaram três tiros e, ao surpreenderem os infratores, conferiram que foi disparado um único tiro para cada paca alvejada certeiramente na cabeça e no escuro da noite. Os infratores também não possuíam porte legal das armas.

    Os infratores alegaram que a carne seria para uma festa de aniversário, na tentativa de convencer os agentes do Ipaam de que caçavam para consumo próprio, mas, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), artigo 29, é crime matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida licença ou autorização da autoridade competente ou em desacordo com a autorização obtida. Para essas infrações, a Lei atribui pena de seis meses a um ano de detenção e multa.

    A ação recebeu o apoio de dois policiais militares que atuam em Rio Preto da Eva. “O Ipaam agiu com cautela para preservar a integridade física da equipe e dos infratores”, disse um dos agentes do órgão, que também registrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) na Delegacia de Rio Preto da Eva.

    Consumo e venda camuflada – Para o chefe do Gecam, Júlio Cezar Lemos de Almeida, é de conhecimento do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas que a carne de caça vem sendo vendida em feiras e a iguaria servida em restaurantes. “A venda tem sido feita de forma muito camuflada, prática que está acontecendo em outros municípios já mapeados pelo grupo de inteligência para uma ação inibidora, pois o abate tem sido com objetivo comercial e não um caso extremo de sobrevivência”.

    O presidente do Ipaam, Antonio Stroski, declarou que no mês passado, no período de 6 a 15 de março, uma equipe de fiscais do órgão, que esteve em Tapauá, abordou dois barcos nos quais estavam cinco porcos mortos e limpos e 33 pacas limpas, mais dez porcos queixada, sete macacos, um mutum, uma anta, um tatu e 210 quilos de matrinxã, totalizando uma tonelada de carne, o que gerou o total de multas de mais de R$ 89 mil.

    Com a competência de gerir as questões de fauna no Estado, o presidente do Ipaam anunciou que prepara uma campanha para sensibilizar a população quanto à necessidade de rever o hábito cultural de consumir carne de caça de animais abatidos da natureza.

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