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16 de Junho de 2024
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    Algoritmo calcula como atender desejo do consumidor

    Modelo utilizado na instalação de grandes unidades de produção industrial pode determinar escolha de modelos de roupa e acessórios

    há 12 anos

    Rio de Janeiro - Para definir que tipo de modelos, tecidos e cores de roupas podem atrair mais os consumidores, os empresários e estilistas levam em conta fatores como a estação e as tendências do mercado. Mas para fazer a aposta certa, a sorte também é um componente importante dessa equação. Minimizar o efeito do imponderável motivou um aluno do mestrado em Engenharia de Produção do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisas de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ).

    Sempre ouvia comentários de como era complicado ficar com muitas peças em estoque. Em qualquer segmento, isso compromete o capital de giro e pode até quebrar um negócio. Para uma confecção o cenário é ainda mais severo, porque os produtos se tornam obsoletos de uma coleção para outra. Decidi aplicar meu conhecimento para encontrar uma solução. O Renato Nobre, da marca carioca Lode,acreditou na proposta, explica Fábio Krykhtine. Ele foi orientado pelos professores Francisco Dória e Carlos Alberto Nunes Cosenza.

    O resultado foi aplicado em maio no lançamento da coleção verão 2013 da Lode, durante o Fashion Business, evento de moda que tem o Sebrae como um dos patrocinadores. A aplicação dessa metodologia representou 29% no crescimento das vendas e diminuiu em 34% as peças em estoque. Além do mais, é possível encontrar o preço mais adequado e investir em modelos e cores que mais agradaram. Estamos aplicando a mesma pesquisa para desenvolver as peças para o inverno. No meu negócio, a informação é preciosa porque os custos são altos e a margem de risco é muito grande, atesta Renato Nobre.

    O pesquisador decidiu então desenvolver um algoritmo baseado em lógica fuzzy (palavra que significa nebulosa em tradução livre do inglês), para medir a atratividade de produtos com base em modos de raciocínio aproximados. Normalmente, por conta dos elevados investimentos envolvidos, essa metodologia é utilizada por grandes empresas na escolha de um local para instalação de uma unidade de produção, onde é preciso considerar fatores como: a quantidade e qualidade de estradas ou proximidade de portos e aeroportos para escoar a produção, mão de obra qualificada, infra-estrutura urbana, entre outros pontos importantes.

    No caso da confecção, Fábio estabeleceu cinco critérios: desejo, cor, preço, versatilidade e modelagem, e coletou 80 opiniões entre estilistas, compradores atacadistas e representantes de vendas, em um total de sete classes profissionais, que receberam ponderações diferentes em suas avaliações. Quando os dados são tabulados, é possível visualizar o que é atrativo, as cores que mais agradam, se o preço está adequado e até suspender a produção de uma peça, que a maioria não gostou. O algoritmo em lógica fuzzy confirma o que antes era pura intuição, explica Fábio.

    O caso foi apresentado em julho na Universidade do Minho, em Portugal, durante a Conferência Internacional sobre Engenharia Industrial e Gestão de Operação e despertou o interesse de revistas especializadas.

    Para Fábio, que já desenvolveu um aplicativo para IPAD que agiliza o processamento de pedidos e permite a visualização das peças da Lode; a aplicação inédita da lógica fuzzy tem um sabor especial. Essa é uma ferramenta de apoio à tomada de decisão, que pode ajudar gestores de diferentes segmentos. Na moda, é particularmente relevante porque, quando uma temporada chega ao fim, o resíduo de estoque passa a ter o valor muito reduzido, o que gera prejuízo. Essa metodologia integra um conjunto de soluções que vou oferecer para o mercado têxtil, adianta Fabio ao vislumbrar oportunidades de negócios como consultor.

    Serviço:

    Agência Sebrae de Notícias: (61) 3243-7852/ 2107- 9104/ 3243-7851/ 9977-9529

    Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800 GRÁTIS 0800 570 0800

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