Assassino de Rossini é condenado a 24 anos
Por maioria dos votos, o ex-policial militar José Ivan Marques de Assis foi novamente condenado a 24 anos de prisão, por homicídio triplamente qualificado, repetindo a sentença anterior, dada em abril deste ano. O julgamento por júri popular foi realizado ontem (20), no Fórum Thomaz de Aquino, presidido pelo juiz Pedro Odilon de Alencar. O Código do Processo Penal, em vigor na época do julgamento, permitia que os réus apresentassem um recurso de protesto por novo júri, caso fossem condenados a mais de 20 anos, sem a necessidade de fundamentação.
De acordo com o julgamento, José Ivan foi o responsável pelos disparos contra o promotor Rossini Alves Couto, morto a tiros enquanto almoçava no restaurante Tropical, ao lado do Fórum de Cupira, no dia 10 de maio de 2005. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sustenta que o ex-policial José Ivan, carona na moto que era pilotada por Silvonaldo Leobino (condenado a 20 anos em 23 de setembro deste ano), teria descido do veículo sem tirar o capacete e atirado em Rossini, ambos fugindo em seguida. O advogado de defesa José Vasconcelos Pontes defendeu a negativa de autoria do crime, alegando não existir provas suficientes para a condenação. Ele prometeu recorrer da decisão a instâncias superiores.
Já os promotores André Rabelo, Ricardo Lapenda e Fabiano Saraiva, responsáveis pela acusação, alegam que uma das testemunhas afirmou ter visto Silvonado e José Ivan saindo da casa do ex-policial, numa moto vermelha e com os capacetes dependurados nos braços, desconstruindo o álibi da defesa que argumentava que José Ivan estaria negociando em Caruaru momentos antes do crime. A acusação diz que a testemunha chegou a descrever as roupas que os réus usavam. Baseados em depoimentos colhidos, os promotores apontaram os motivos que teriam levado José Ivan a planejar e executar o assassinato de Rossini por motivo de vingança, devido a sua atuação profissional.
Desde junho de 2004, José Ivan havia sido excluído da Polícia Militar em decorrência de crime de tortura na comarca de Agrestina, denúncia apresentada pela promotora Sara Souza Silva, esposa de Rossini. José Ivan foi então trabalhar em Cupira e acabou representado também por Rossini por intermediar a soltura de presos da cadeia local através de pagamento em dinheiro.
Há 15 dias, José Ivan Marques de Assis foi condenado a 19 anos de reclusão pelo assassinato de Cícero Valentim, ocorrido em 1995, em Garanhuns.
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