Caso Rossini: José Ivan será julgado pela segunda vez amanhã
Acontece, nesta quinta-feira (20), a partir da 9h da manhã, o segundo julgamento de José Ivan Marques de Assis, um dos acusados de matar o promotor de Justiça Rossini Alves Couto, em um crime cometido na cidade de Cupira no ano de 2005 . O novo júri será realizado no Fórum Thómaz de Aquino, localizado no bairro de santo Antônio.
O ex-policial militar José Ivan Marques de Assis e o comerciante Silvonaldo Leobino da Silva já foram condenados em um primeiro julgamento a 24 e 20 anos de prisão, respectivamente. O Código do Processo Penal em vigor na época do julgamento permitia que os réus apresentassem um recurso de protesto por novo júri, coso fossem condenados a mais de 20 anos, sem a necessidade de fundamentação.
Assim como nos demais julgamentos do caso,a acusação será feita pelos promotores de Justiça Ricardo Lapenda e André Rabelo e Fabiano de Araújo Saraiva (de Cupira).
No mês de setembro Silvonaldo Leobino também foi submetido ao seu segundo julgamento, no qual foi condenado. José Ivan Marques de Assis não havia sido julgado em setembro porque seu advogado, José de Vasconcelos não compareceu a sessão alegando problemas de saúde. Para que o júri não fosse adiado, na ocasião, a promotoria decidiu julgar apenas o réu Sivonaldo Leobino
Histórico - RossiniAlves Couto foi morto no dia 10 de maio de 2005 enquanto almoçava no Restaurante Tropical, localizado ao lado do Fórum de Cupira. Os tiros foram disparados pelo ex-policial militar José Ivan Marques de Assis, que chegou ao local em uma motocicleta dirigida pelo amigo de infância, Sivonaldo Leobino da Silva. Rossini que na época era promotor das cidades de Panelas e Lagoa dos Gatos chegou a ser socorrido ao hospital local, mas morreu minutos depois.
Além de efetuar os disparos, José Ivan foi o mentor do crime. Desde junho de 2004 ele havia sido excluído da Polícia Militar em decorrência de crime de tortura na comarca de Agrestina, denúncia apresentada pela promotora Sara Souza Silva, esposa de Rossini. José Ivan foi então trabalhar em Cupira e acabou representado também por Rossini Alves Couto por intermediar a soltura de presos da cadeia local mediante pagamento em dinheiro. Na época, José Ivan havia impetrado um mandado de segurança para retornar aos quadros da PM e enxergava em Rossini um obstáculo a este objetivo.
As investigações apontaram que o crime foi cuidadosamente planejado por José Ivan e Sivonaldo. A moto em que os dois chegaram ao restaurante foi comprada 11 dias antes do crime e o emplacamento providenciado apenas no dia seguinte ao assassinato. A motocicleta foi vendida logo em seguida
Na época em que foi assassinado, Rossini Alves Couto atuava no combate à corrupção e ao crime organizado nos municípios onde trabalhava. Rossini havia ingressado do Ministério Público de Pernambuco em 1992. Deixou esposa, também promotora de Justiça, e quatro filhos.
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