Como iniciei minha carreira na advocacia!

Na época da faculdade acreditava que sairia dela pronta para advogar: eu saberia como captar clientes sem ferir o Código de Ética e saberia como atendê-los, valorando e precificando adequadamente meu trabalho.

Nessa época, acreditava que bastaria me dedicar muito aos estudos para tirar o melhor proveito do que a faculdade poderia me oferecer: o conhecimento jurídico! Também tinha certeza que fazer o melhor estágio para colocar em prática meu raciocínio jurídico me deixaria prontíssima!

De fato, ter estudado muito e fazer bons estágios foram determinantes para meu início na Advocacia, pois essa boa formação me deu a base sólida e que até hoje me sustenta!

Como sempre gostei de Direito Público, assim que passei no exame da ordem, escolhi atuar em áreas que para mim conversavam com esse ramo do Direito, e logo me vi envolta com o Direito Ambiental, o CDC e o Direito Administrativo.

Além disso, decidi advogar por conta própria, pois sempre quis ser independente e fazer meus próprios horários, além do que, logo que me formei, iniciei uma pós-graduação em Direito Público e ter liberdade de horário seria fundamental para concluir esse meu projeto imediato.

Então, com um notebook trabalhava de casa e, quando precisava atender, alugava salas por hora. Posso dizer que no início, me senti bastante motivada, afinal tinha me preparado da melhor maneira que pude.

Os problemas são inevitáveis e são para todos que praticam a advocacia. Você só precisa decidir como lidar com eles!

Mas é claro que os problemas acabaram surgindo, afinal nem todos são previsíveis na faculdade ou no estágio e, assim, a insegurança começou a me rondar, pois a demora na resolução de conflitos e a indiferença que parece rondar o Judiciário para quem não é seu habitué, as vezes pode assustar.

Porém sempre fui uma grande otimista e decidi enfrentar tais frustrações, afinal seria muito melhor tentar aprender com meus erros (e principalmente com os alheios) do que ficar me lamentando. Foi surpreendente constatar que também se aprende muito errando, pois você está ali, vivendo a advocacia na prática!

Depois de alguns tropeços, aprendi que antes de atender um cliente ele já deveria saber o valor da consulta. Durante o atendimento, procurava ouvi-lo sem interrupção e ao final passava a solução que entendia ser a correta para o caso, além de precificar a demanda sempre de acordo com a tabela de honorários da OAB. Nunca abaixo dela e nunca por êxito!

Aos poucos fui aprendendo que advogar é enfrentar e solucionar os problemas que surgem no dia a dia e isso me deu ainda mais coragem e determinação, pois por mais que os problemas surgissem, advogar era minha única opção (por escolha própria), e assim, fui percebendo que mesmo a faculdade e meus estágios não terem me preparado para advogar eu não iria desistir!

Não desista!

Após quase dois anos trabalhando assim e já com minha primeira pós-graduação concluída, decidi dar uma guinada na carreira, mas isso é história para um outro post :)

Por hora, quero que saibam que é importante você estudar muito e, se possível, fazer cursos rápidos e práticos, pois eles te ajudarão nesse início tão peculiar que é a advocacia!

Hoje posso te dizer que o início não foi fácil (e nada simples como eu imaginei), mas ter uma base de conhecimento jurídico sólida foi fundamental para fazer meu diferencial e ir conquistando meu espaço!

O mais importante disso tudo é que hoje percebo que todas as dificuldades do início da minha carreira foram essenciais para que eu me tornasse a Advogada que sou hoje, pois foi aprendendo no dia a dia que trilhei meu caminho!

E para você? Como foi ou como está sendo seu início na advocacia? Conta pra mim!

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