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21 de Maio de 2024
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    Condenados por falsificação de contratos de exportação têm liminar negada pelo Supremo

    Publicado por JurisWay
    há 14 anos

    O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de medida cautelar no Habeas Corpus (HC) 105544 impetrado por E.F.B. e L.P.M.N. para que fosse interrompido o andamento de uma ação penal contra eles. Os dois foram condenados pela prática de crime contra o sistema financeiro nacional (artigo 21, parágrafo único, da Lei 7.492/86), porque, como administradores da empresa Alfred Toepfer Exportação e Importação Ltda., teriam prestado informações falsas ao Banco Central do Brasil em contratos de câmbio.

    No mérito, eles pedem que seja determinado o julgamento do recurso (agravo de instrumento) ajuizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Isto porque o STJ não conheceu do recurso (arquivou), tendo em vista que a procuração do advogado não foi juntada aos autos, entendendo faltar peça obrigatória à formação do agravo.

    E.F.B. e L.P.M.N. sustentam, em síntese, cerceamento de defesa, uma vez que há ilegalidade em impedir o processamento do agravo de instrumento. Segundo eles, a falta de uma peça não juntada ao autos constitui mera irregularidade formal. Afirmam, ainda, que o lapso diz respeito apenas à procuração inicialmente outorgada por eles aos advogados anteriores. Falta esta, aliás, suprida, logo após a decisão do agravo de instrumento quando foi oposto agravo regimental e juntadas as peças ausentes, alegam.

    Indeferimento

    De início, o relator ressaltou que a concessão de liminar em habeas corpus é medida de caráter excepcional, cabível apenas se a decisão impugnada estiver eivada de ilegalidade flagrante, demonstrada de plano, ou quando a situação apresentada nos autos representar manifesto constrangimento ilegal, o que não se verifica na espécie.

    Para o ministro, à primeira vista, o entendimento do STJ não apresentou ilegalidade ou abuso de poder, visto que apenas aplicou a jurisprudência daquele mesmo Tribunal no sentido de que a deficiência no traslado inviabiliza o exame do agravo de instrumento, jurisprudência igual à do STF. Toffoli lembrou que no julgamento do HC 99561 , a Primeira Turma concluiu que a deficiência no traslado inviabiliza o exame do agravo de instrumento, por caber ao agravante o dever de fiscalizar a correta formação do instrumento, que deve estar completo no momento de interposição do recurso, [sendo] inadmissível a juntada posterior de peças obrigatórias para a formação do instrumento.

    Ao também adotar esse entendimento, o ministro Dias Toffoli destacou outros precedentes, entre eles, os HCs 93637 e 92121 e o AI 560245 . Assim, o relator considerou que no caso não foi configurado o alegado constrangimento ilegal. EC/AL

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/condenados-por-falsificacao-de-contratos-de-exportacao-tem-liminar-negada-pelo-supremo/2474898

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