Curso para Apadrinhamento debate aspectos psicológicos e cognitivos
Com transmissão para as comarcas de Bataguassu e Chapadão do Sul, o Projeto Padrinho de Campo Grande realizou nesta quinta-feira (11), no plenário do Tribunal do Júri do Fórum da Capital, a segunda noite do Curso Preparatório para Apadrinhamento, com a abordagem dos aspectos psicológicos e cognitivos das crianças e adolescentes. O projeto, que visa proporcionar a crianças e adolescentes acolhidas uma melhoria na sua qualidade de vida, busca nesta capacitação novos voluntários na modalidade de apadrinhamento afetivo.
Em explanação aos participantes, a psicóloga Aline Henriques Reis abordou o desenvolvimento da criança a partir dos 10 anos, entrando na adolescência, ressaltando que fatores contribuem para o desenvolvimento da personalidade, o que os pais podem pensar a respeito da parentalidade, de que maneira as ações, os pensamentos deles em relação aos próprios filhos podem influenciar no desenvolvimento da personalidade, e deu algumas dicas práticas de manejo de convívio.
“Lidar com criança e adolescente não é uma tarefa fácil, então às vezes a motivação é muito boa, mas o dia a dia desgasta e às vezes faz a gente repensar as nossas escolhas. Quando você tem ferramentas para lidar com as situações de dificuldade, isso pode motivar a pessoa a continuar investindo, a ter estratégias pra lidar com os momentos difíceis. Então, tirar um pouco da idealização, trazer um pouco da realidade, mas dizer que é possível lidar com essa realidade”, destacou Aline.
Após a palestra da psicóloga, duas madrinhas afetivas do Projeto Padrinho de Campo Grande relataram suas experiências de apadrinhamento, ambas ressaltando o amor e o elo que criaram com seus apadrinhados.
Nesta sexta-feira (12), última noite do curso, o tema será a construção do vínculo: comunicação, limites e regras de convivência, além de uma dinâmica surpresa envolvendo os participantes do curso e as crianças e adolescentes que estão disponíveis para apadrinhamento.
A participação no curso é um dos pré-requisitos para o apadrinhamento afetivo, visto que é feito todo um trabalho criterioso de preparação para estar de fato apto a ser padrinho, isto porque, após aprovado para apadrinhar alguém acolhido, o voluntário terá a liberdade de levar a criança para casa, dormir, viajar e conviver com ele. Hoje, a demanda imediata é de mais de 15 crianças e adolescentes aguardando para serem apadrinhadas.
Padrinho Afetivo – O apadrinhamento afetivo é uma proposta alternativa que se apoia no art. 4 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O padrinho é alguém que oportuniza a quem se encontra acolhido um convívio familiar e comunitário, levando as crianças e adolescentes para passear, brincar, dentre outras formas possíveis de contato que visam uma relação direta que contribuem para o desenvolvimento psicossocial, por meio da construção de laços afetivos e apoio educacional. O padrinho afetivo também pode prestar orientações com relação à saúde, formação intelectual e moral.
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