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2 de Maio de 2024

Diversidade

Estrear esta coluna falando de um tema que tanto amo me deixa lisonjeado. Para quem não sabe sou advogado, homossexual e militante nas causas referente a diversidade sexual, minha missão de vida.... No momento que vivemos de perda de direitos (ou de tentativas de tirar eles) e de agressões de hora em hora a comunidade LGBTI, além de estar no País que mais mata esses humanos, é imprescindível falar deste tema.

Um dos sinais mais notáveis do mundo atual é a visibilização da população LGBTI: gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e intersexos. No passado, para se defender da intolerância e da hostilidade da qual eram alvo, muitos deles viviam no anonimato ou à margem da sociedade. Vários gays e lésbicas se escondiam no casamento tradicional, constituído pela união heterossexual, para não manifestarem a sua condição. Mas hoje muitos LGBTI fazem grandes paradas, estão presentes em filmes, programas de televisão, olimpíadas, empresas, escolas e outras instituições; buscam reconhecimento, exigem ser respeitados e reivindicam os mesmos direitos e deveres dos demais cidadãos. Esta população está em toda parte. Quem não faz parte dela, tem parentes próximos ou distantes que fazem, velada ou manifestamente, bem como vizinhos ou colegas de trabalho.

O termo diversidade sexual, ainda que com certa imprecisão, é utilizado para referir-se aos LGBTI e às questões que lhes dizem respeito. A visibilidade desta população também expõe os problemas que a afligem. Em muitos países, há uma aversão a homossexuais, a homofobia; e a travestis e transexuais, a transfobia. Esta aversão produz diversas formas de violência física, verbal e simbólica contra estas pessoas. Há pais de família que já disseram: “prefiro um filho morto ou bandido a um filho gay”. Não são raros travestis, gays e lésbicas expulsos de casa por seus pais. Entre os palavrões mais ofensivos que existem em português, constam a referência à condição homossexual e a referência ao sexo anal, comum no homoerotismo masculino. Ou seja, é xingamento. A homofobia se enraíza profundamente na cultura. Tal hostilidade gera inúmeras formas de discriminação e, mesmo que não leve à morte, traz frequentemente tristeza profunda ou depressão.

Se todos os pais e familiares de LGBT seguissem o exemplo do Papa Francisco, um dos seres mais respeitados no mundo, sendo hoje aclamado por todos, por não diferenciar as pessoas, e deixar claro que Deus ama a todos sem distinção alguma, recebendo-os em suas casas com seus respectivos companheiros, muitos problemas desta população seriam resolvidos. Todo ser humano e toda criação na sua mais ampla diversidade vêm de Deus, como dom. Basta ter sabedoria e grandeza de coração para acolhê-los e amá-los.

Não esqueçam: "No final o amor sempre vence."

  • Sobre o autorEspecialista em Direito Processual Civil e Direito Homoafetivo
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