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6 de Maio de 2024

Em meio à polêmica do Enem, Bolsonaro chama direitos humanos de “esterco da vagabundagem”

Bolsonaro é um dos defensores no Congresso Nacional do projeto de lei que prevê punição aos professores acusados de “doutrinação ideológica” em sala de aula.

Publicado por Maysa Martimiano
há 6 anos

O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC), filho do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), publicou no Twitter uma foto em que seu pai segura um cartaz com a seguinte frase: “Direitos humanos, esterco da vagabundagem”. A imagem faz referência a um tuíte com o mesmo teor escrito pelo deputado em 16 de agosto de 2016.

Segundo Carlos, a mensagem de seu pai é uma “dica para a redação do Enem quando Bolsonaro for eleito presidente em 2018”. O tuíte do vereador foi publicado horas antes de a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, liberar redações que ferem os direitos humanos no Exame Nacional do Ensino Médio, que começa neste domingo (5).

Cármen Lúcia negou nesse sábado (4) pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para suspender a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que determinou a revogação da regra prevista no edital do exame que zerava a redação que atacasse os direitos humanos. O TRF-1 aceitou pedido da Associação Escola Sem Partido, que alegou que a proibição atentava contra a liberdade de expressão.

Com a decisão da presidente do Supremo, o conteúdo desse tipo poderá levar o candidato a perder, no máximo, 200 pontos, de um total de 1.000, segundo a avaliação do corretor.

Bolsonaro é um dos defensores no Congresso Nacional do projeto de lei que prevê punição aos professores acusados de “doutrinação ideológica” em sala de aula. A proposta, mais conhecida como Escola sem partido, enfrenta grande resistência de educadores e entidades educacionais, que veem nela o cerceamento da liberdade de expressão e uma brecha para perseguições políticas dentro das escolas.

Fonte: Congresso em foco

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Camila Vaz, Advogado
Notíciashá 7 anos

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4 Comentários

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Em respeito aos direitos humanos de Sua Excelência, não direi que ele é esterco da política. continuar lendo

Claro que a frase é exagerada, mas é inegável que os direitos humanos muitas vezes se transforma no "direito dos manos".

É mais fácil ver representantes dos direitos humanos em funeral de bandido do que de vítimas ... algo que foi motivo de protesto das famílias de 3 policiais civis que foram vítimas de emboscada atrás do forum de justiça lá de Maceió-AL ... essa reportagem foi pouquíssimo divulgada, a vi por acaso, e logo tiraram o vídeo. Tudo o que as famílias pediram era a solidariedade da OAB ... pelo visto pediram demais.

Quanto à proposta de punir doutrinadores políticos sou totalmente a favor. Cansei de ver nos tempos de faculdade alunos sendo perseguidos .... no meu tempo de escola a política não era tão discutida. continuar lendo

Já que estamos em clima de comentar arte moderna (o Santander que o diga), proponho uma reflexão sobre qual a mensagem que o Deputado pretendeu passar com cartaz com a frase: "Direitos humanos, esterco da vagabundagem" (citado pela articulista acima).

Não tenho conclusão alguma ainda, mas, para início de análise, parto da premissa de que o Deputado é de certo modo avesso às pessoas que defendem exacerbadamente os direitos de quem não cumpre os seus deveres, talvez seja este o sentido do termo "vagabundagem".

No que toca ao termo "esterco" penso que à referência pode indicar o produto do trabalho dessas pessoas ou também, quem sabe, pretenda ilustrar que o tema "Direitos Humanos", como vem sendo tratado na atualidade, seja terreno fértil (estercado) para a proliferação de pessoas tais quais as mencionadas acima.

Quem partir de uma premissa diferente e tiver interesse em refletir sobre a "obra de arte" do Deputado, pode ficar bem a vontade para responder. Peço apenas que mantenhamos o nível da conversa.

Quanto ao motivo da notícia, ainda que interessante, não o identifiquei, por isso peço ajuda.

Por fim, sobre o termo "doutrinação idelológica", esse problema é bem antigo, então já não era sem tempo termos um projeto de lei que retira o público de 4 a 17 anos, que ainda não possui formação o suficiente para separar o que é pregação do que é conhecimento científico, das mãos de doutrinadores vestidos de professores. Resta agora é saber quais os limites desse projeto para que não tenhamos um contrapeso mais negativo que positivo. continuar lendo

só disse a verdade continuar lendo