Escolha de presidente dos EUA vira "eleição indireta" para Suprema Corte
Por João Ozorio de Melo
Diz a lenda do jornalismo que o diretor de um jornal pediu a seu redator para escrever um editorial sobre Jesus Cristo, ao que ouviu a pergunta: contra ou a favor? Essa é a pergunta que se faz aos eleitores que vão escolher o próximo presidente em novembro. Você quer um país contra ou a favor do aborto? Contra ou a favor de programas sociais, como o Obamacare, o seguro-saúde dos pobres? Contra ou a favor o casamento gay? Contra ou favor dos imigrantes?
Se a resposta for “contra”, vote no candidato republicano Donald Trump. Se a resposta for “a favor”, vote na candidata democrata Hilary Clinton. Quem ganhar, deverá escolher três ou quatro ministros da Suprema Corte durante seu mandato. E, nos Estados Unidos, quem decide questões que dividem o país politicamente é a Suprema Corte... Politicamente.
Esse se tornou o padrão eleitoral dos EUA há cerca de meio século. Dividido entre republicanos conservadores e democratas liberais, presidentes republicanos escolhem ministros conservadores e presidentes democratas escolhem ministros liberais para a Suprema Corte, para que eles garantam o sucesso de sua agenda política.
É verdade que o Legislativo aprova novas leis e o Executivo aprova políticas e medidas, muitas vezes, por meio de decretos. Mas, via de regra, toda...
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