Eurico questiona morte em cela do GOE
A morte de um homem suspeito de assassinar seis pessoas, em Pernambuco e na Paraíba, repercutiu na reunião plenária de ontem. João Lucélio Nascimento Primo, 34 anos, estava em uma cela do Grupo de Operações Especiais (GOE), no bairro do Cordeiro. O acusado foi detido, no município de Belo Jardim, na última sexta-feira, e, na manhã desta quarta-feira, foi encontrado morto dentro das instalações do GOE. A Polícia acredita na possibilidade de suicídio. O líder da bancada de Oposição, deputado Pedro Eurico (PSDB), questionou ontem o ocorrido, em pronunciamento no Pequeno Expediente.
Para o parlamentar, a morte de João Lucélio configura um contra-senso, uma vez que aconteceu em um departamento especializado em segurança. "Tudo indica que ele tenha se enforcado com um lençol levado por familiares. Porém, na unidade não deveria ser permitida a entrada de objetos que pudessem facilitar a fuga ou o suicídio", argumentou. O deputado disse não questionar a acusação ao suspeito, mas criticou a negligência dos que estavam à frente da equipe responsável pela prisão. O líder oposicionista lembrou, ainda, a obrigação do Estado de preservar a integridade física dos detentos.
O fato de a ocorrência ter sido registrada no ano em que é celebrado o 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos também foi citado pelo Eurico . Ele solicitou ao Governo do Estado explicações sobre o episódio no GOE.
"É fácil dizer que será um bandido a menos. Mas é preciso avançar nas discussões. João Lucélio não havia sido condenado e, mesmo que fosse culpado pelos crimes, gostaria que fosse encaminhado a uma penitenciária para servir de exemplo", ponderou.
O parlamentar sugeriu à Comissão de Defesa da Cidadania a realização de uma audiência pública para elucidar o fato.
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