Família Bellini apela a Alckmin para transferência de delegado
O governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, recebeu uma carta de 11 páginas escrita pela família do delegado federal José Augusto Bellini. Nela, os familiares relatam que Bellini está em uma cela-forte, no Hospital Penitenciário do Estado, na zona norte da cidade, sem a observância das regras básicas de custódia. A inobservância de regras pelo estado nos presídios é um reflexo de como os presos são tratados no Brasil.
“Meu pai está num quarto escuro e morrendo aos poucos”, diz a jornalista Bruna Bellini, filha do delegado. Segundo ela, há um provimento que garante a permanência do pai na custódia da Polícia Federal. (Leia abaixo)
Bellini está detido desde 30 de outubro de 2003. É acusado de integrar uma quadrilha investigada na Operação Anaconda por venda de sentenças judiciais. Ele foi condenado, nesse processo, a três anos de prisão. Policial federal há 39 anos, Bellini chegou a ser secretário de Segurança Pública do Espírito Santo. Em São Paulo, promoveu nos anos 80 e 90 as maiores apreensões de cocaína da PF.
A entrevista exclusiva de Bruna Bellini à revista Consultor Jurídico quebra um jejum de três anos -- desde a deflagração da Operação Anaconda, a família do delegado jamais se pronunciou sobre o assunto.
Leia a entrevista e, em seguida, o provimento mencionado:
Por que a carta para o governador de São Paulo?
Os funcionários do local, no Hospital Penitenciário do Estado, chamam este lugar onde o meu pai foi posto há uma semana como “o local onde trancam os bichos”. É o que eles chamam de “seguro”. Agora imagine o seguinte: trata-se de uma solitária de três por dois metros, sem ventilação ou iluminação alguma. É um cubículo na verdade, com parede preta, e que tem um buraco no chão para as necessidades dele.
Como é o diaadia de seu pai?
Ele fica 23 horas do dia dele dentro desse inferno. Essa uma hora que resta, ele vai tomar o banho de sol. É óbvio que depois de ele sair desse buraco, dele ficar isolado totalmente por...
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