Fiscalização do Ibama resulta em mais de R$ 1 milhão em multas
Ação no Centro Sul do Paraná apreendeu 54 metros cúbicos de madeira e transportes utilizados para a exploração ilegal do recurso
No total, o Ibama apreendeu três caminhões e um trator, utilizados para transporte e exploração ilegal de madeira, 54 metros cúbicos de toras de araucárias e imbuias, além de lenha nativa. As multas aplicadas passaram de um milhão de reais. Também foram embargados uma área equivalente a 70 campos de futebol devido à desmatamento ilegal nos municípios de Cruz Machado, Paulo Frontim e Bituruna, no bioma é Mata Atlântica.
A fiscalização do Ibama constatou um cenário preocupante: parte das toras de imbuia que apresentavam irregularidades (tortuosidade) encontravam-se abandonadas na mata, demonstrando que a retirada da espécie tem sido realizada de forma predatória.
Para o superintendente do Ibama do Paraná, Jorge Augusto Callado Afonso, “as operações de combate direto ao desmatamento terão continuidade. É preciso considerar que a conservação da floresta nativa é indispensável para a qualidade de nossos recursos hídricos e para a manutenção da biodiversidade”, disse.
As multas aplicadas na operação serão cobradas administrativamente, bem como será exigida a recuperação dos danos ambientais causados. Os autuados ainda responderão criminalmente com base na Lei de Crimes Ambientais.
O Centro Sul paranaense é uma área de ocorrência dos últimos grandes remanescentes da Floresta com Araucária no Paraná e que abriga espécies da flora em risco de extinção e protegidos de corte, como a imbuia, o xaxim, e a própria araucária, árvore símbolo do estado.
Foto: Divulgação Ibama
Fonte: Ibama e http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2014/03/fiscalizacao-do-ibama-resulta-em-mais-der1-milhao-e...
3 Comentários
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KKK... Dúvido que a dívida seja paga... continuar lendo
O contribuinte vai pagar mais essa. Depois de sumirem do mapa, os multados vão voltar com os preços dos insumos recuperados de forma suspeita, aumentando os valores de venda da madeira que vai parar no pé da mesa de pingue-pongue da escola pública que já vai pagar dez vezes mais caro pela mesa que o preço de varejo por mera conveniência (e repasse para algum funcionário público bandido). E assim, vai mais dinheiro pras mãos de quem não o merece. continuar lendo
Infelizmente, a aplicação de multa e a determinação de recuperação de áreas desmatadas, não são suficientes para sanar o dano. O dano é imenso, incapaz de ser avaliado pecuniariamente, posto que além da flora devastada (algumas espécies em extinção como a araucária e o xaxim) há ainda o dano a fauna, com a expulsão (e até a morte) de animais silvestres. continuar lendo