Ibama negará pedido de guarda de arara apreendida
Publicado por Carolina Salles
há 11 anos
O futuro da arara Billy, 9 anos, será decidido na Justiça. O Ibama antecipou, nesta quinta-feira, que negará o pedido de guarda provisória do animal à dona de casa Vera de Albuquerque, 62, alegando que ela não tem o documento de origem da ave. O ofício deverá ser formalizado nesta sexta-feira pela Defensoria Pública da União, que defende a proprietária, e enviado ao Ibama, no bairro de Casa Forte, Zona Norte do Recife. Billy vivia com Vera há nove anos numa casa na Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes. A ave foi apreendida por policiais há quatro dias, durante uma operação de captura de traficantes perto da casa da mulher.
Ontem, o defensor público André Carneiro Leão informou que primeiro recorreria à conciliação e que, caso a guarda provisória não fosse concedida - opção confirmada pelo Ibama - , o outro recurso seria entrar na Justiça com uma ação de antecipação de tutela, sob o argumento de garantir o bem-estar da mulher e a saúde do animal.
“Segundo dona Vera, ela já estava com o animal há nove anos. O direito não pode fechar os olhos para isso. O afastamento abrupto pode implicar, inclusive, na saúde da ave. A finalidade da lei é também protegê-la”, justificou. No documento, a defensoria solicitará ainda detalhes sobre a apreensão do animal na segunda e justificativas sobre a multa de R$ 5 mil aplicada à mulher pelo Ibama.
O animal está sendo acompanhado por veterinários, biólogos e zootecnistas num viveiro de seis metros quadrados, junto com outra ave da mesma espécie. nesta sexta-feira, a arara deve passar por exames de sangue e radiografias num laboratório. A arara está recebendo uma dieta equilibrada à base de frutas e ração. No futuro, segundo o Ibama, será devolvida para seu hábitat original, em Minas Gerais ou no Mato Grosso. “Não existe essa possibilidade (guarda provisória), a não ser que a Justiça decida que sim. Qualquer animal silvestre sem documento de origem configura tráfico. O papel do Ibama é devolver o animal à natureza. Os animais nascem para viver livres na natureza”, defendeu a superintendente do órgão, Ana Paula Cavalcanti.
Enquanto não há acordo, a dona de casa Vera de Albuquerque lamenta o impasse. “Estou confiante de que Billy voltará. Deus existe. Esses dias estão sendo bem difíceis. Já chorei muito”, justificou. Vera encontrou o bicho pela última vez na quarta-feira, com a ajuda da imprensa. “Billy estava triste, deprimido. Pedi para alisar a cabecinha da arara, mas eles (Ibama) não deixaram. Essa arara é como um filho para mim. Não resistiria se ela morresse. Não estou dormindo mais”, contou.
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br
Ontem, o defensor público André Carneiro Leão informou que primeiro recorreria à conciliação e que, caso a guarda provisória não fosse concedida - opção confirmada pelo Ibama - , o outro recurso seria entrar na Justiça com uma ação de antecipação de tutela, sob o argumento de garantir o bem-estar da mulher e a saúde do animal.
“Segundo dona Vera, ela já estava com o animal há nove anos. O direito não pode fechar os olhos para isso. O afastamento abrupto pode implicar, inclusive, na saúde da ave. A finalidade da lei é também protegê-la”, justificou. No documento, a defensoria solicitará ainda detalhes sobre a apreensão do animal na segunda e justificativas sobre a multa de R$ 5 mil aplicada à mulher pelo Ibama.
O animal está sendo acompanhado por veterinários, biólogos e zootecnistas num viveiro de seis metros quadrados, junto com outra ave da mesma espécie. nesta sexta-feira, a arara deve passar por exames de sangue e radiografias num laboratório. A arara está recebendo uma dieta equilibrada à base de frutas e ração. No futuro, segundo o Ibama, será devolvida para seu hábitat original, em Minas Gerais ou no Mato Grosso. “Não existe essa possibilidade (guarda provisória), a não ser que a Justiça decida que sim. Qualquer animal silvestre sem documento de origem configura tráfico. O papel do Ibama é devolver o animal à natureza. Os animais nascem para viver livres na natureza”, defendeu a superintendente do órgão, Ana Paula Cavalcanti.
Enquanto não há acordo, a dona de casa Vera de Albuquerque lamenta o impasse. “Estou confiante de que Billy voltará. Deus existe. Esses dias estão sendo bem difíceis. Já chorei muito”, justificou. Vera encontrou o bicho pela última vez na quarta-feira, com a ajuda da imprensa. “Billy estava triste, deprimido. Pedi para alisar a cabecinha da arara, mas eles (Ibama) não deixaram. Essa arara é como um filho para mim. Não resistiria se ela morresse. Não estou dormindo mais”, contou.
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br
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