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3 de Maio de 2024

Investigação policial e a particular: qual é a diferença?

há 5 anos

Muita gente acha que a investigação policial e a particular são coisas de filmes, livros e séries. A verdade é que essa profissão pode ser vista de três aspectos diferentes: os investigadores dos filmes, os investigadores policiais e os particulares.

É claro que tudo acaba sendo um pouco exagerado e “enfeitado” em filmes e séries, mas e em relação aos investigadores policiais e os particulares? Você sabe a diferença? No texto de hoje, trouxemos as informações que você precisa para entender isso e muito mais. Continue lendo!

O que faz um investigador particular?

Para entender bem qual a diferença entre um investigador policial e um investigador particular, é preciso, antes de tudo, saber o que cada um deles faz.

Quando alguém contrata um investigador particular, ele contrata um serviço que envolve a coleta de dados e informações que sejam particulares dessa pessoa e que não sejam criminais.

Isso significa que o investigador particular pode apurar, por exemplo, casos de adultério, de fraudes em empresas ou problemas familiares. Para chegar a conclusões, ele tem um método, utiliza ferramentas e faz o levantamento de dados, além de utilizar disfarces e várias outras táticas para conseguir provas.

O trabalho é feito com seriedade e não por meio de “achismos”, tanto que é feito um contrato em que são estabelecidas informações de ambos os contratantes: o local em que o serviço será prestado, os horários e a forma de pagamento, a natureza do serviço e outros aspectos fundamentais.

O que é preciso para se tornar um detetive particular?

Não há um curso superior específico para ser um detetive particular, embora a profissão seja regulamentada. No entanto, é preciso ter e desenvolver algumas características, como gostar de desafios, ser bom em descobrir segredos e ter paciência para resolver o caso no tempo que for necessário.

Uma boa memória para guardar informações e estar atualizado em várias áreas do conhecimento também são características importantes que ajudam o detetive a ter uma conversa com um possível investigado.

Ao contrário do que algumas pessoas pensam, não é preciso ter um dom fora do comum. Na verdade, a prática e o estudo, que pode ser obtido por meio de cursos, podem levar a uma carreira muito bem-sucedida.

O que faz um investigador policial?

O investigador de polícia é um agente que faz investigações e descobre crimes, levanta provas e dados sobre os casos investigados e utiliza as ferramentas da polícia para resolver as atividades criminosas que podem ser de diversos tipos, como homicídios, assaltos, fraudes e várias outras.

Esse profissional também efetua prisões, faz buscas, entrega intimações, atende o público pessoalmente e por telefone, entre outras atividades variadas, pois tem um horário de trabalho definido durante os plantões policiais.

Para se tornar um investigador policial, é relativamente mais complicado do que um detetive particular, pois é preciso ter o ensino superior completo em alguma área.

Além disso, na maior parte dos estados também é preciso ter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação), da Categoria B. O vínculo do emprego é com o Estado e não com um contratante, como no caso do investigador particular.

A investigação policial e a particular podem ser feitas juntas?

Pode-se perceber que a ação de um investigador particular é mais centrada e completamente voltada a investigações que não são criminais.

Essa é a principal diferença entre as duas, afinal, não é tarefa de um investigador particular resolver um crime, nem o Delegado de Polícia pode ser chamado sempre que houver uma investigação conjugal, não é?

Ocorre que em alguns casos pode acontecer de ambos trabalharem juntos. Para começar, se em meio a uma investigação for confirmado que ocorreu uma infração à lei, o investigador particular precisa avisar a quem o contratou e também ao Delegado de Polícia. Assim, eles podem acabar investigando em conjunto, pois já havia uma ação anterior em andamento.

Além dessa situação em que o trabalho de ambos coincide “por acaso”, o detetive particular também pode auxiliar durante uma investigação que esteja em curso. Existe, no entanto, um limite para essa atuação, visto que ele não pode decidir por conta própria que irá agir junto com as autoridades nem utilizar os mesmos meios.

Para poder trabalhar junto com o investigador policial, ele precisará da permissão bem clara do contratante — ou seja, de forma alguma o pedido pode ser só subentendido por meio do contrato.

É igualmente necessário que o Delegado de Polícia permita a colaboração por parte do investigador particular. Essa permissão pode, inclusive, ser retirada a qualquer momento, caso o Delegado conclua que a participação não é mais necessária ou vantajosa.

A atuação do detetive particular fica restrita a falar com as testemunhas, fazer observações, apresentar relatórios e outros afazeres que não sejam tarefas policiais.

Também não é possível atuar na investigação de forma direta, realizar prisões, ter acessos a dados sigilosos ou interceptações telefônicas, pois todas essas ferramentas são usadas somente pelos investigadores policiais.

Todos esses limites foram estipulados recentemente, por meio da Lei 13.432/17, que esclarece algumas restrições e também como o detetive particular e seu contratante devem se portar em algumas situações.

O fato é que ambas as profissões são importantes para o funcionamento da sociedade, tanto que elas não param de crescer. Já existem muitos detetives particulares que têm sucesso no que fazem. Inclusive, se tem características como ser inteligente, gosta de descobrir segredos e é bom em se disfarçar ou influenciar pessoas, tornar-se um detetive particular pode ser uma boa opção para você.

De modo algum o trabalho pode ser considerado fácil, já que é possível que ocorram casos em que o horário de trabalho seja à noite, no final de semana ou mesmo de madrugada.

No entanto, a recompensa é bem prazerosa, pois trabalhar com algo que proporciona desafios e aventuras é uma grande realização para muitas pessoas.

Na sociedade atual, temos passado por sérios problemas com a criminalidade, com quantidades alarmantes de fraudes, roubos, extorsões, sequestros e outras ações criminais. Isso impulsionou o mercado e fez com que atividades como a investigação policial e a particular fossem muito requisitadas.

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