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16 de Junho de 2024

Justiça autoriza depoimento do pai de Bernardo com detector de mentiras

Decisão libera uso do equipamento na PASC, onde médico está preso. Solicitação foi feita por Jader Marques, advogado do acusado do crime.

Publicado por Fernanda Favorito
há 10 anos

Justia autoriza depoimento do pai de Bernardo com detector de mentiras

Foto no quarto de Bernardo mostra menino com opai (Foto: Jonas Campos/RBS TV

Uma decisão judicial acolhe um pedido para que o médico Leandro Boldrini, réu pela morte do filho Bernardo, de 11 anos, seja interrogado com um detector de mentiras por um policial. O equipamento poderá ser usado dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC), onde ele está preso, em data ainda não divulgada.

Conforme o Tribunal de Justiça, a solicitação foi feita pelo advogado Jader Marques, defensor de Boldrini. O Ministério Público Estadual (MP) concordou com a solicitação, fato levado em consideração na decisão judicial.

O corpo de Bernardo, que tinha 11 anos, foi encontrado enterrado em 14 de abril em uma cova em um matagal no município de Frederico Westphalen, na Região Norte do Rio Grande do Sul, a cerca de 80 km de Três Passos, no Noroeste, onde o garoto morava. Acusados de homicídio, o pai da criança, a madrasta Graciele Ugulini e a amiga Edelvania Wirganovicz são réus no processo. O irmão de Edelvania, Evandro Wirganovicz é acusado de ocultação de cadáver. Os quatro estão presos.

Procurado pelo G1, o advogado de Leandro, Jader Marques, informou ainda desconhecer oficialmente a decisão e preferiu não comentá-la. No pedido protocolado na Justiça, a proposta do defensor era submeter o cliente ao teste para verificar a veracidade das informações prestadas.

Antes da conclusão do inquérito policial, a delegada Caroline Bamberg, responsável pelo caso, afirmou ter pedido a Marques que Leandro fosse submetido ao detector de mentiras. "Na época, não houve resposta da defesa", disse ela ao G1. No dia 21, o último suspeito preso pelos assassinatos, Evandro Wirganovicz, foi interrogado no Fórum de Três Passos com o uso do equipamento. Os resultados não são imediatos, pois dependem de perícias.

Indiciamentos

O pai, a madrasta e a assistente social foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, com os qualificadores "mediante paga ou promessa de recompensa, motivo fútil, meio insidioso, dissimulação e recurso que impossibilitou a defesa da vítima", conforme a polícia, e ocultação de cadáver.

Leandro Boldrini: atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Ele também auxiliou na compra do remédio Midazolan em comprimidos, fornecendo a receita azul. Leandro e Graciele arquitetaram o plano, assim como a história para que tal crime ficasse impune.

Graciele Ugulini: mentora e executora do delito de homicídio, bem como da ocultação do cadáver.

Edelvânia Wirganovicz: executora do delito de homicídio e da ocultação do cadáver.

Entenda

Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.

No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.

"O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada", relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.

O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. Na segunda-feira, 14 de abril, o corpo do garoto foi localizado. De acordo com a delegada responsável pela investigação, o menino foi morto por uma injeção letal.

Fonte: Estevão Pires - http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/caso-bernardo-boldrini/noticia/2014/05/justiça-autoriza-dep...

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8 Comentários

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Diogo Oliveira
10 anos atrás

Interessante é que o pedido foi feito pelo advogado do réu.
Do contrário, creio que a justiça não poderia obrigar o réu a produzir prova contra si... continuar lendo

Augenfux Seven
10 anos atrás

Detector de mentiras é coisa de programa de televisão. continuar lendo

Ari Crestani Júnior
10 anos atrás

Isso mesmo, Detector de mentiras, não é comprovado, existe muita margem de erro, é apenas para entretenimento de baixo nível. o pedido foi apenas para mascarar os fatos. continuar lendo

Luis Ramos
10 anos atrás

Mas, pode deixar o entrevistado muito preocupado se não tiver cultura suficiente... continuar lendo

Jorge Roberto da Silva
10 anos atrás

O simples fato de ter se enroscado, casado, atrelado, juntado ou seja lá o que for com a criminosa já seria caso de prisão perpetua, que infelizmente não temos ou, de uma forma mais ecológica, cadeira elétrica, injeção letal, paredão de fuzilamento, que também não temos. Provavelmente ira pegar 20 anos e por bom comportamento e trabalhando de auxiliar medico na cadeia se livre em um sexto da pena. Pronto é o que vale, para inqualificáveis, a vida de um filho. Se eu fosse juiz me negaria a participar desse julgamento. continuar lendo

Patricio Angelo Costa
10 anos atrás

Quem é pai com P maiúsculo tem tremores só em imaginar o que essa criança passou nas mãos dessas pessoas. Conforme divulgou a imprensa o pobrezinho era cruelmente rejeitado por todos. Agora vem com detetor de mentiras, no meu modo de ver, não precisa usar tal mecanismo, pois os fatos por si só são bastante esclarecedores para verificar quem era culpado ou inocente. Se fosse um País sério, essas pessoas tinham que pegar uma prisão perpétua, no mínimo, tal a crueldade como tiraram a vida de uma inocente e indefesa criança. Credo! continuar lendo

Anti-petroski Petroski
10 anos atrás

Como disseram,isso é coisa de filme.

Por ser um teste de baixa confiabilidade ele gera um resultado impreciso,beneficiando apenas o réu. Explico.

Se o detector criar provas contra o pai do garoto, os resultados serão invalidados fundados no argumento se que a técnica é imprecisa.

Se o detector criar provas a favor do pai será utilizada até a exaustão pela defesa.

É uma clara manobra de defesa para enrolar e tentar tirar o valor das provas precisas e concretas. Não critico a defesa,pois esse é seu papel. Mas o estado deveria impedir esse tipo de circo que só impede a concretização da justiça. continuar lendo