Justiça da PB condena dono da Braiscompany a 88 anos de prisão por esquema de pirâmide financeira

O juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande (PB), Vinícius Costa Vidor, condenou, na última terça-feira (13), o casal dono da Braiscompany, Antônio Ais, a 88 anos e 7 meses de prisão, e Fabrícia Farias, a 61 anos e 11 meses. Além do casal mais oito pessoas foram condenadas por esquema de pirâmide financeira feito pela empresa.

Entre os crimes citados na sentença estão operar instituição financeira sem autorização, gestão fraudulenta, apropriação e lavagem de capitais. No total, o juiz estabeleceu uma multa de R$ 377 milhões, sendo R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em danos morais coletivos.

A Braiscompany prometia um retorno financeiro de 8% ao mês, uma taxa considerada irreal pelo mercado financeiro. Em dezembro de 2022, a empresa parou de pagar os clientes. Em fevereiro do ano passado, a pirâmide ruiu.

No dia 16 de fevereiro de 2023, a Braiscompany foi alvo da Operação Halving da Polícia Federal que teve como objetivo combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. As ações da PF aconteceram na sede da empresa, em Campina Grande, João Pessoa e São Paulo.

Em julho de 2023, um relatório de investigação emitido pela Polícia Federal apontou que Antônio Ais e sua esposa fugiram para a Argentina usando passaporte de familiares. Ainda de acordo com a PF, nos últimos quatro anos, foram movimentados cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas vinculadas aos sócios da Braiscompany.

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