Lei argentina considera animais como coisas e não como seres sencientes
A fundadora da organização não governamental, Clube de Animais Felizes, para proteger os animais com soluções éticas, Silvia Urich, quis destacar os abusos que sofrem os animais e o quão "atrasadas" estão as leis à este respeito, já que, o código civil argentino "segue considerando aos animais como coisas e não como seres sencientes", segundo publicou a Agência Nacional de Notícias Jurídicas argentinas, 'Infojus'.
Devido ao maultrato animal que ocorre no país, Urich fez uma investigação titulada 'Os Cachorrinhos Bandidos, da lei Sarmiento à lei Perón' na Argentina, sobre as leis que até agora protegeram a causa e lutam pelo conforto dos animais, como a lei 14.346 contra a crueldade animal.
"Faz seis décadas que temos uma lei que tipifica como delitos os atos de crueldade e de mau-trato: há países que recém agora estão considerando", como a França, por exemplo, assegurou Urich.
Apesar de haver muitos avanços para melhorar as condições de vida dos animais, ainda são rentáveis delitos como zoológicos, circos, as corridas de galgos ou as brigas de galos, entre outros. Trata-se de um grande problema que "aparece desvinculado da lei 14.346, que sanciona os atos de maus-tratos e crueldade", em palavras de Urich.
A estratégia das pessoas que fazem este tipo de ações prejudiciais para os animais é que "são setores com poder de lobby que costumam dissimular os seus interesses econômicos e diluem a sua responsabilidade", tal e como afirmou Urich.
Para isso, Urich indicou que 'Os Cachorrinhos Bandidos, da lei Broto de videira à lei Perón' "é uma investigação que leva as legislações protecionistas desde o nascimento da Argentina até a lei 14346 de crueldade animal". Com ela, a intenção é fazer valer os direitos animais que sentem e padecem e que não são uma diversão mais, senão seres vivos.
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.