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15 de Maio de 2024

Lei obriga aluno que não se comporta a lavar o banheiro da escola

Projeto piloto foi desenvolvido em escola municipal de Campo Grande (MS). Antes, casos de indisciplina levavam até 1 ano para ter uma decisão judicial.

Publicado por Lucas Bezerra Vieira
há 8 anos

Lei obriga aluno que no se comporta a lavar o banheiro da escola

Em Campo Grande, uma escola municipal resolveu mudar a forma de chamar a atenção de alunos que não se comportam. E esse projeto acabou virando lei para todos os colégios da cidade.

O adolescente, que já fez da escola um ringue de luta, disse que não aguentou a provocação de um colega. “Na hora eu tava estressado, ele continuava e eu fui pra cima dele, sem pensar”, contou o adolescente.

A agressão custou caro. “Limpei banheiro, passei rodo no pátio”, disse o aluno. E não adiantou reclamar para a mãe. “Eu assino embaixo, para mim não tem problema nenhum. Ele tem que rever o que ele fez”, disse a mãe do adolescente.

Punir alunos com problema de indisciplina faz parte da realidade de uma escola há cinco anos. O projeto piloto desenvolvido lá deu tão certo que virou lei municipal. Agora, todas as instituições de ensino de Campo Grande são obrigadas a aplicar medidas educativas para quem comete alguma infração no ambiente escolar.

O projeto é uma iniciativa da Promotoria da Infância e Juventude. Antes, os casos de indisciplina levavam até um ano para ter uma decisão judicial, hoje não. “Dentro desse programa, com a força dessa lei, nós aplicamos quase que imediatamente, dentro de 48 horas, no máximo, o aluno está sendo levado a uma ação pedagógica, para reparar esse dano”, afirmou Sérgio Harfouch, promotor da Infância e Juventude.

Na escola Ada Teixeira, a palavra "dano" já foi excluída do vocabulário. “Não tem mais briga, não picha mais a escola, não agride professor”, contou o aluno. “Está mais equilibrado o comportamento dos alunos”, disse outra estudante.

“O aluno hoje respeita a escola, o aluno se respeita, os pais respeitam a instituição, então nós temos uma tranquilidade muito grande em relação a isso”, afirmou Valson Campos Dos Anjos, diretor da escola.

Quem já chegou a levar até bebida alcoólica na escola que o diga. “Eu pensava que podia tudo, agora eu sei que tem um limite. Qualquer coisa que eu fizer errado, eu tenho que pagar pelo o que eu fiz”, disse o aluno. A punição ainda ajudou o jovem a se livrar da bebida.

A mãe agradece. “O aluno cometer um erro e não pagar por aquilo, isso sim é grave. Mas se ele cometeu um erro e ele está pagando, ele está refletindo sobre aquilo, ele vai ter a oportunidade de aprender. Deveriam todas as escolas fazerem isso”, falou a mãe do aluno que levou bebida alcoólica para a escola.


FONTE: G1

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85 Comentários

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Que maravilha! Esse projeto deveria se espalhar pelo Brasil todo. Provavelmente esse lado do Brasil nao esta sob influencia do PT porque ha alguns dias vi um video que me deixou estupefata de um aluno de uns 7 anos quebrando tudo, chutando tudo, jogando lap-top no chao, jogando cadeiras nas pessoas derrubando prateleiras com materiais e as pessoas em volta falando o tempo todo, nao segure ele, a lei nao permite e o tormento continuou ate que ele se cansou. Isso e inadmissivel. Eu fui professora e me sinto feliz por nao ter alcancado esse caos pois comigo aluno nenhum se engrandecia. Eu costumava coloca-los no devido lugar mesmo sem a anuencia da direcao da escola. continuar lendo

Descordo quase que totalmente de sua posição, infelizmente vivemos dizendo que o trabalho dignifica, mas fortalecemos preconceitos quando uma profissão (que pode ser inclusive a de seus pais, que vivem dignamente com o salário de faxineiro) é tratada como castigo e realizar uma tarefa que todos poderiam fazer por zelo e cuidado pelo local que utilizamos se torna vergonha. O Brasil infelizmente é um país onde as "madames" ainda possuem "mucamas" para realizar qualquer trabalho supostamente inferior, porem coisas que são fundamentais para a higiene e entre eles esfregar privadas, recolher o lixo... Concordo que se os alunos estiverem interessados ou estimulados eles podem lavar apenas não o banheiro, mas toda a estrutura do lugar que utilizam para estudar. Trabalhei em um projeto social em uma escola destruída, com um serio acompanhamento e bastante comprometimento conseguimos limpar a escola não apenas fisicamente, mas moralmente com liberdade, artes, e participação dos pais. Infelizmente os jovens que temos hoje são legado de professores conservadores que bradam que "no meu tempo que era bom" que ainda acreditam que o constrangimento e a didática magna funcionam, mas infelizmente esta ai o resultado de todo o "bom trabalho" que a geração passada realizou na cultura e na educação. continuar lendo

Edivaldo Oliveira, não é o tipo do trabalho! Mas o trabalho em si, que é a punição, creio eu. Mesma coisa não é feita nos crimes leves? Onde a pena é substituída por multa o prestação de serviço à comunidade. E louvável, sim, esta Lei. Deveria ser seguida por todos os colégios no Brasil. continuar lendo

Caro Orivan, não acredito na sua afirmação, então por que a punição não é ajudar na secretaria, ser assistente da direção, ajudar o zelador em atividades corriqueiras, organizar a biblioteca, chegar mais cedo e organizar o giz e o apagador para os professores, mas é exatamente e exclusivamente realizar o trabalho de higiene (tratado socialmente como trabalho sujo e desqualificante afinal quem quer se relacionar com um faxineiro fora das redes sociais ?). É evidente que os alunos devem ser punidos, mas tambem devem ser acompanhados quando apresentam problemas comportamentais, e deficits de aprendizado, pois ninguém sabe o que acontece na casa das crianças, porém vivemos em um país onde temos a punição como único instrumento de resolução de problemas de todas as classes. continuar lendo

Tereza, me responda com sinceridade. Você quer educar ou se vingar?
Qual o verdadeiro sentimento que leva você a imaginar que retrocesso na forma de educar é a solução para alguma coisa?
Pelo que você disse, que costumava coloca-los em seu lugar mesmo sem a anuência da direção da escola, pergunto: Que tipo de educadora era você???
Lastimo seu comentário. continuar lendo

É a geração "não me toque" ... ninguém pode impor qualquer limite a eles, fazem o que querem, quando querem, como querem e com quem querem.

Mandar um aluno pra sala da direção dizem que é constrangimento ... a professora chamar-lhe a atenção na sala também ... ser colocado de castigo no intervalo idem ... mandar um dever de casa nem se fala ... ficar acima do horário das aulas escrevendo algo no quadro? vão chamar o professor de sádico ... chamar os pais na escola? além de constrangedor ainda podem os pais agredirem um funcionário.

A maioria das pessoas passou por castigos. Em casa: ficar no quarto sem sair, palmadas, ficar sem televisão ou video game ... Na escola: ir pra sala da da direção, levar bronca do professor, ficar sem sair no intervalo, etc.

Nem por isso construímos uma geração de criminosos, ao contrário dessa, onde bater na cara do professor, levar armas pra escola, fazer ameaças virou rotina ... já deve ser parte do currículo.

É assim: eles batem na cara do professor, vc diz que isso é errado e aparece um almofadinha dizendo que vc está constrangendo a criança ... não podem ser contrariados, nem reprovados ... não deve haver punição nenhuma ... ao contrário, devem ser premiados, receber algo em troca, ou seja, te pago para que vc não infrinja as regras e a lei.

A contrapartida é que quem não conhece limites não respeita o direito do próximo, muito menos no plano social ... a certeza da impunidade alimenta a prática de infrações e crimes, ou seja, tudo o que vemos hoje em dia.

Ademais, aos que chamam isso de "modernização do ensino" saibam que nem tudo que é novo é bom, se fosse assim transgênicos e industrializados seriam uma maravilha pra saúde ... tá na hora de tomarem vergonha na cara e deixarem de clichês baratos. continuar lendo

Caro Edivaldo Oliveira, não quero polemizar, mas a punição precisa ser aplicada. O grande problema do Brasil é justamente a falta de punição dos delitos. É evidente que a desigualdade social é uma problema seríssimo. O que leva um delinquente a reincidência é justamente a certeza de que não haverá punição para seus delitos. Concordo sim que o castigo poderia ser aplicado em outras áreas (secretaria, cozinha, etc.), mas também, a justiça quando aplica pena alternativa à restrição de liberdade geralmente conduz o cidadão a prestar serviços de porteiro ou de faxineiro. Não vejo isso como detrimento a profissão, mas apenas é um trabalho um pouco mais pesado. Talvez daí a escolha. Estimativas do CNJ apontam que 70% dos que comentem crimes voltam a reincidir em novos delitos. Quando conversamos com agentes da Lei, os mesmo se dizem indignados pela facilidade que o criminoso tem de estar de volta às ruas em curto prazo. Vejo que está ideia representa, hoje, uma luz no final do túnel. O judiciário não consegue punir eficientemente o condenado que volta a delinquir. Tampouco há cela para encarcerar todo delinquente por ai. A policia já não consegue mais combater ostensivamente os criminosos, faltam recursos financeiros, materiais e de pessoal. Então se isto começar na escola é um bom principio para diminuir a criminalidade. Nota-se que estou dizendo "um bom principio", porque evidentemente existem outras coisas que precisam ser feitas. A coisa não pode é continuar da maneira que vemos país a fora. continuar lendo

Absurdo total. Existem varios exemplos de escolas que resolveram tais problemas com outras atitudes. Basta pesquisar. Queria ver se tal medida fosse nas escolas de filhinhos de papai...Rapidamente haveria um monte de madames aqui dizendo ser um absurdo...Por fim, video do "meninozinho que quebrava tudo", nada mais foi que um irresponsabilidade de quem filmou. Mentira que lei nao permite encostar em aluno daquela faixa etária. Lei proibe é bater, humilhar, etc, como vemos frequentemente em cameras escondidas...Enfim, soluções seletivas nós vemos por aqui. continuar lendo

Por que não polemizar? creio que somos homens refinados e não acabaremos em baixaria por mais divergentes que sejam nossas ideias. Convergimos para um ponto interessante, tambem acredito que deve haver punição, o problema é qual?
Infelizmente como tudo no Brasil o modelo de educação é ultrapassado, tentamos ensinar crianças do seculo XXI da mesma forma que ensinávamos as crianças do seculo XIX, com o mesmo metodo usado no seculo XVIII, haja visto o posicionamento da senhora que é ex professora.
Defendo que não podemos tratar o aluno como um criminoso, pelo menos até que ele cometa um crime, o único sentido da escola existir é servir o aluno, não o contrario. O fato é que os grandes problemas na educação ocorrem porque os professores normalmente são muito mal formados e não tem competência para lidar com a enxurrada de problemas que vieram quando os pobres passaram a sentar nos bancos da escola pública. Alem disso os piores estão onde deveriam estar os mais preparados (nas periferias onde so dão aulas os professores que não tem pontuação para trabalhar nas mais estruturadas) cursos de pedagogia são feitos em três anos a distancia e não ha necessidade alguma de reciclagem.
Duvido muito e com todas as minhas forças que esse mesmo metodo de punição seria permitido em um Colégio Castelo Branco, ou mesmo em um colégio afiliado ao sistema objetivo de ensino (colégios onde as polemicas nunca ultrapassam a barreira dos portões).
Por fim é muito fácil encontrar otimas soluções de educação para escolas que eram muito violentas, mas com um trabalho dinâmico e moderno fizeram surgir talentos em todas as áreas algumas inclusive lavar os banheiros é forma de ensinar que devemos manter e respeitar os espaços de convívio comum. continuar lendo

Morei no Japão, lá isso faz parte do currículo escolar e é feito com empolgação e esmero pelas crianças. Aqui, a criança bate na cara do professor e não pode receber nenhuma punição... continuar lendo

Pior esta em SP. A escola suspende o aluno como ultimo dos últimos recurso , a mãe denuncia o caso à justiça e o aluno volta sorrindo para a escola. O que esta errado não é o professor que não atualizou-se como querem alguns comentaristas deste artigo. É a sociedade que esta cada vez mais permissiva. continuar lendo

Lá as crianças o fazem por castigo?
Ou por fazer parte da educação do grupo?
Tenta de novo, Mateus... continuar lendo

Alguém vai impor limites, se não é a família ou a escola será a própria sociedade ... agora sim se vingando, como nos casos de linchamentos.

Por que só agora acham que impor limites ofende a criança? Ou melhor: quem lucra com isso?

Sempre há um castigo na vida, e o pior deles é a prisão ... é o que resta a quem não foi corrigido e educado no início de seus erros.

Depois dizem que no Brasil se prende muito ... Não! Aqui se cometem muitos crimes, isso sim. continuar lendo

Deveria ser adotado em todo o território brasileiro. No entanto, primeiro, precisamos aceitar que disciplina é necessário à educação e isso não consiste em castigo. continuar lendo

Exatamente, utilizamos aqui como punição algo que deveria ser algo comum, entendo que essa criança/adolescente com o tempo vai entender que é algo comum (ou não), mas penso naquelas pessoas que limpam banheiros porque é a sua função, porque algo que essas pessoas fazem deveria ter cunho punitivo? continuar lendo

Ótima atitude como uma punição alternativa ... pena que já já aparecem os dementes dizendo que isso ofenderá a dignidade da criança (não é o trabalho quem dignifica?). continuar lendo

Concordo! Pela total permissividade e falta de educação que se vê hoje em dia é que o país está desse jeito. Já diziam nossos avós: é de pequenino que se torce o pepino. continuar lendo

Ola Sr. Armpit Lover normalmente me mantenho somente como leitor, não sou um indivíduo com formação suficiente para comentar, mas espero poder te ajudar a reformular sua opinião.
A criação de uma lei que prevê medidas sócio-educativas para alunos é boa, colocar-las par limpar banheiro e toda a escola em geral como forma de punição nem tanto.
esta lei pode causar uma mudança cultural em médio prazo como, por exemplo, a descriminação dos trabalhadores da limpeza. – você sabe aquela pessoa que limpa seu escritório.
As crianças que crescerão seguindo está lei vão entender o básico “se fizer algo errado serei punido limpando algo (no caso escola), logo, quem limpa algo (o escritório) é por que fez algo errado “ – pode parecer algo simples mas não é. Uma classe trabalhadora já discriminada sendo comparada a infratores, pois foi o que aprenderam na escola – não que a intenção de educar tenha sido essa, mas é só um possível efeito colateral desta lei.
De fato deve-se buscar modos de educar uma criança, mas a escola não é local para educar e local para ensinar, educação é dada pela família.
Espero ter ajudado.
No entanto fica sempre aquela duvida.
Mas se a família não da educação é obrigação do estado, este que deve agir através das escolas, logo é dever das escolas educarem as crianças, que por sua vez as crianças vão, simplesmente, ignorar a cultura familiar delas e tornar-se educadas? continuar lendo

Filipe, pelo visto você nunca lavou o banheiro. O que acontece é justamente o oposto.
Quem por algum motivo faz trabalhos pesados, e depois galga posições duperiores tende a respeitar muito mais as pessoas que estão no trabalho pesado. É como o garoto que começa no chão da fábrica e chega a presidente da empresa. Terá muito mais respeito e compreensão do que aquele que chega direto na diretoria.
Nas forças armadas, os oficiais quando alunos fazem serviços de praças. E ganham legitimidade no futuro quando forem liderar.
Vê-se que, por simples experiência de vida, a medida adotada pela escola tende ao sucesso, tanto para disciplinar quanto para formar bons cidadãos no futuro. Melhor para a sociedade.
Essas suas hipóteses saíram de alguém que fica teorizando atrás de uma mesae não coloca as coisas à prova.
Os próprios depoimentos da reportagem já destacam o sucesso da medida. continuar lendo

Não é o trabalho que humilha, mas sim a imposição por castigo.
Como demente rotulado, me oponho à sua posição. continuar lendo

José Roberto Underavícius,

Se fosse assim toda e qualquer punição, seja no âmbito familiar ou social seria humilhante.

Impor castigo é impor um limite por algo que ele fez de errado e deve entender, pois se não tiver limites e respeito hoje será pior amanhã.

Amanhã quebram a escola, batem na cara do professor, mas parece que nada disso importa pois supostamente ofende menos a dignidade dos outros do que impor uma medida socioeducativa a uma criança. Aliás, estas já costumam ser brandas demais, até mesmo com crimes (a que intitulam como infrações ... estupro é estupro, roubo é roubo ... e pronto). continuar lendo

Sr. Armpit:

Não sou contra educar e sou favorável ao castigo (não violento) como forma de exemplificar e punir o erro.
O problema do aluno que quebra a escola e agride o professor passa longe, muito longe da capacidade da escola em mudar. A escola é vítima, como todo o restante da sociedade.
O problema vem do berço, vem da educação falha dos pais, vem da miséria, vem da desestruturação da família, vem da omissão do estado, vem do exemplo da corrupção, vem da certeza da impunidade, vem do sistema caótico da antiga FEBEM e atual Fundação Casa, vem do desrespeito ao estatuto do bem estar do menor e por aí vai.
Uma punição que obriga um aluno a lavar banheiros, é humilhante, não pelo fato em si, porque lavar banheiros é digno, necessário, eu lavo os meus, limpo caixas de gordura e etc..., não tem serviço doméstico que eu não faça, desde cozinha até passar roupas mas esse é outro ponto, esse é o da educação que já se tem e não da que se quer dar.
O aluno que tiver que lavar banheiros, ou limpar a sala, ou varrer a escola será ridicularizado por seus colegas, não pelo banheiro, mas por estar sendo castigado com uma pretensa humilhação, esta sim do modo de visão da escola, porque o educador (na verdade não é um) deve achar humilhante lavar banheiros.. Dependerá exclusivamente dele, aluno, a forma como irá reagir a isso. Poderá se indispor com um colega mais afoito, ou contra um professor, ou contra toda a escola. Poderá não querer mais frequentar a escola, poderá se tornar um aluno pior. Poderá reagir, da pior forma.
Não, não é forma de educar. Quem impôs essa punição JAMAIS poderia trabalhar cuidando de crianças e de sua educação.
Eu fui professor do SENAI no interior de São Paulo e tive muitos problemas com alunos exatamente na questão educação, respeito e vontade de estudar.
Resolvi com motivação. Coloquei os piores alunos como responsáveis pela classe. Dividi a classe em quatro equipes de passei a fazer um espécie de torneio, onde a pontuação considerava atenção, aproveitamento, educação e respeito.
Premiava a cada mês a equipe vencedora com uma aula inteira de lazer, enquanto as outras faziam reciclagem de matérias. Tudo era uma grande brincadeira e todos aprenderam.
Nunca apontei o dedo para ninguém. Sabe por que fiz isso? Não porque fui criativo e mega inteligente mas simplesmente porque aprendi assim. Um dia, tive um professor que me motivou dessa mesma forma e sou grato a ele até hoje.
Muitos professores reclamam, mas nada fazem, essa é outra verdade.
Não confunda a educação que a família pode dar, com a educação que a escola pode oferecer. Elas apenas devem se complementar, mas possuem alcances diferentes.
É mais fácil, Sr. Armpit um aluno castigado se tornar um adulto revoltado, do que um aluno motivado e reconhecido. continuar lendo

José Roberto,
Acho que você está com umas ideias bem erradas, de que o castigo revolta. Apanhei bastante quando criança e não sou revoltado com minha mãe. A disciplina envolve castigo. Penso que é exatamente por pessoas como o sr que o nivel disciplinar nas escolas está desse jeito. Pessoas que não veem algo digno e correto no castigo não violento. O aluno aprende o asseio, aprende a respeitar quem trabalha com isso e ainda é disciplinado em não cometer barbaridades como bater em professor ou quebrar a escola e sair impune. Não existe como conscientizar uma criança ou adolescente a não fazer isso a não ser castigando-a, de forma não violenta, repito. continuar lendo

Jroberto Under,

Você está completamente enganado quanto a essa historinha clichê de ridicularização de colegas .... os próprios colegas saberão que podem ser os próximos ... é isso que o limite faz: ele diz até onde você pode ir.

Para virar motivo de zoação basta ter uma espinha no rosto ... é muito mi mi mi este argumento ... quando os alunos aprenderem que não se deve ser o máximo por fazer pirraça simplesmente valorizarão o estudo e o trabalho.

Escola virou playground de quem quer aparecer e nada melhor do que desafiando a instituição ... impondo limites eles passam a respeitar a hierarquia ... sem hierarquia não respeitam o professor, os pais, o patrão, ninguém.

Quanto ao problema de bater em professor você está errado mais uma vez ... isso não vem de berço, pois muitas mães, especialmente as humildes, não desamparam seus filhos ... isso é coisa de dondoca que só está preocupada em viajar e os larga ... ocorre que andam em más companhias, e uma escola sem limites é um ótimo local para concentrar este tipo de gente. continuar lendo

Excelente!!

Tomara que tenhamos uma lei federal nos mesmos termos! continuar lendo